terça-feira, janeiro 23, 2007

Chanson Luse

Bem, por algum motivo que me escapou, publiquei este post duas vezes. Já apaguei o outro.

Hoje irei debruçar-me sobre o contributo lusitano para a Chanson Française.

Antes de mais, uma pequena nota - o significado que hoje atribuimos a este termo, Chanson, é, no fundo, um neologismo. Originalmente, a Chanson era um certo tipo de canção da França Renascentista. Só mais tarde é que o termo ficaria associado com o trabalho de Jacques Brel ou Édith Piaf.

E o contributo lusitano? Bem, este é de importância reconhecida, pois surgiu numa altura em que a Chanson estava já, por assim dizer, na sua pré-reforma.

O primeiro contributo lusitano partiu de Alberto, o Ajudante de Torneiro Mecânico. Sua profissão, já a adivinharam, mas sua vocação sempre foram as Artes. Aos 15 anos, partira para terras de França, sob grande risco pessoal, em busca de uma vida melhor, como tantos outros.

Rapidamente aprendeu a Arte do Torneiro Mecânico, demonstrando uma impressionante facilidade de aprendizagem, tendo começado a trabalhar como Ajudante de Torneiro Mecânico com a bonita idade de 30 anos. Ao conseguir, num tão curto espaço de tempo, dominar esta Arte, Alberto, o Ajudante de Torneiro Mecânico, decide experimentar a sua sorte noutras artes.

Um dia, ao passar na rua, repara num grupo de jovens numa esplanada. Bem, mais propriamente, repara nas mamas de uma das mulheres do grupo, e fica hipnotizado. Senta-se numa mesa próxima, e tenta, de forma discreta, ouvir o que discute o grupo.

Apesar do seu fraco domínio do francês, consegue perceber que estão a falar de artistas. Um nome é repetido várias vezes - Brel. Alberto, o Ajudante de Torneiro Mecânico, conseguiu assim descobrir um ponto de interesse da sua musa inspiradora, e ainda bem, pois a sua discrição obteve um resultado retumbante - cinco minutos depois de Alberto, o Ajudante de Torneiro Mecânico se ter sentado na esplanada, o grupo de jovens foi-se embora, talvez um pouco incomodados com o facto de terem a cabeçorra do artista lusitano constantemente a aparecer no seu seio.

Bem, Alberto, o Ajudante de Torneiro Mecânico descobriu, então, o seu objectivo de vida - voltar a encontrar a mamalhuda que havia visto naquela esplanada. Sem olhar a despesas, gasta toda a sua poupança numas cassetes pirata da obra de Jacques Brel, e lança-se na sua carreira de cantor/compositor da Chanson Française.

Num rasgo de criatividade, escolhe o seu nome artístico - Albertô, L'Ajudant de Torniére Mecanique. É com este nome que grava o seu primeiro disco. E assim começa a fazer História.

É no Verão de 1982 que surge o seu primeiro grande sucesso, "Le Cauchechot". Uma música onde Albertô, L'Ajudant de Torniére Mecanique explora o tema da alegria e da camaradagem, sem perder de vista a responsabilidade social que, em tempos idos, lhes estiveram associados, mas que, no início dos anos 80, se começava a perder.

É disto emblemático o refrão deste tema, e um clássico da Chanson (ou, como afirmam alguns puristas, da Nouvelle Chanson):

Regardez vous le Cauchechot
Qu'il ne s'arrete pas d'apiter
Pi-pi-pi pi-ri-pi-pi
Et jamais il desafine
Allez, les mecs,
Mantenaint il faut jouer
Pi-pi-pi pi-ri-pi-pi
Dans le Cauchechot de la jeune fille

Foi um tema que capturou toda uma essência de uma época que se estava a desvanecer na memória de uma França perdida, de uma França que lutava para sacudir a frieza em que se encontrava envolvida, para "retrouver l'âme", reencontrar a sua alma.

E foi no Verão de 82 que Albertô, L'Ajudant de Torniére Mecanique, este artista do Mundo nascido em terras lusas, lança toda a Gália numa viagem em busca da sua alma. E desta vez, posso dizê-lo, foi mesmo toda, pois não houve nenhuma aldeia que se mostrasse resistente.

Animado com o sucesso do seu primeiro single, Albertô, L'Ajudant de Torniére Mecanique lança quase de imediato o segundo, "Je Suis Doublement Énamouré".

Quando estas palavras explodiram na rádio Francesa, a emoção foi indescritível:

Je suis doublement énamouré
Et elles sont trés différentes
Et je n'ai pas la certitude
De ce que j'aime plus
Et je n'ai pas la certitude
De ce que j'aime plus
Je suis doublement énamouré
Et elles sont trés différentes

Esta canção teve o condão de dar início à enxurrada de emoção que dominaria esse memorável Verão de 82. Mas seria apenas o anunciar daquilo que se seguiria.

Três semanas depois, Albertô, L'Ajudant de Torniére Mecanique lançaria aquela que seria a sua obra prima:

Je veux sentir ton bacalhaut, Marie
Je veux sentir ton bacalhaut
Petit Marie, laisse moi aller à cuisine
Laisse moi aller à cuisine
Pour sentir ton bacalhaut

Foi um sucesso retumbante! Por toda a França, nada mais se ouvia senão esta alegoria à viagem que era a Vida, com "V" maiúsculo, onde todos andávamos à deriva, com a esperança de conseguirmos cheirar os bacalhauts que navegavam junto de nós.

De tal forma ficaram os franceses contagiados por este espírito, que 9 meses depois desta época estival, registou-se um record de nascimentos.

Albertô, L'Ajudant de Torniére Mecanique tinha a carreira lançada, e já nada o pararia. A não ser, claro, o autocarro desgovernado que o colheu numa Avenida de Paris, nesse mesmo Verão. A investigação revelaria que toda a gente estava a festejar dentro do autocarro, ouvindo a música de Albertô, L'Ajudant de Torniére Mecanique, incluindo o condutor.

Teve, assim, um fim abrupto a carreira deste brilhante artista de nacionalidade lusa, cujo nome é, para os verdadeiros conhecedores, tão importante no mundo da Chanson Française.

Da próxima vez, irei pegar num outro nome lusitano que se agigantou neste mundo, o de Joachim Barrières.

Link para ver todo o post, Sim, claro que há mais para ler :)

terça-feira, janeiro 16, 2007

O algodão não engana

A história do algodão doce teve início há muito, muito tempo, durante a Batalha de Granico.

Já na fase final da batalha, no confronto entre as cavalarias Persa e Macedónia, Clitor, O Um Tudo-Nada Menos Negro Que Clito O Negro estava na retaguarda das forças Macedónias, a vigiar contra um eventual ataque traiçoeiro, vil e cobarde por parte dos Persas.

Ora, como devem compreender, era uma tarefa algo aborrecida, principalmente quando comparada com a glória que estavam a recolher os seus compatriotas, do outro lado do rio. Bem, pelo menos, aqueles que se iam conseguindo manter vivos, claro.

Compreensivelmente cansado de estar ali sem fazer nada, Clitor, O Um Tudo-Nada Menos Negro Que Clito O Negro decidiu repousar numa cadeira estranha que estava ali ao pé. A estrutura da cadeira era grande, possuindo depois um bizarro - mas decididamente confortável - assento que mais parecia um pequeno penico.

Bem, Clitor, O Um Tudo-Nada Menos Negro Que Clito O Negro sentou-se nessa espécie de penico, e recostou-se. Era realmente confortável, pois o penico estava no extremo de um longo tronco, preso à estrutura por uma grossa corda.

O que se passou de seguida é algo que está perdido nas brumas da História. Já muito se escreveu sobre o assunto, sendo que o único relato que reúne consenso é o do historiador Trom-Pete, O Palhaço Musical. Segundo este respeitado historiador, um esquilo terá pretendido armazenar bolotas na estrutura da cadeira, accionando uma alavanca, que soltou a corda que prendia o penico, o qual, por sua vez, lançou pelos ares Clitor, O Um Tudo-Nada Menos Negro Que Clito O Negro.

Ora bem... quando eu disse que o relato de Trom-Pete, O Palhaço Musical reúne consenso, significa que todos o consideram um grande disparate. O facto é que ninguém sabe o que se passou, mas Clitor, O Um Tudo-Nada Menos Negro Que Clito O Negro lançou-se em voo, direito às nuvens.

E foi aí que a Humanidade teve, pela primeira vez, contacto com o algodão doce. Na sua queda, imediatamente antes de se despedaçar no chão, Clitor, O Um Tudo-Nada Menos Negro Que Clito O Negro terá balbuciado algo como (segundo Trom-Pete, O Palhaço Musical ) "Esta coisa do algodão doce é muito boa, mas as doses têm que ser maiores, porque a maior parte daquilo é ar. Se assim não for, poderá ser catastrófico para uma eventual futura indústria do algodão doce que possa surgir no futuro, talvez em 1904".

Pois o facto é que se passaram vários séculos sem que ninguém conseguisse decifrar o mistério por detrás das enigmáticas palavras de Clitor, O Um Tudo-Nada Menos Negro Que Clito O Negro. Até que...

Até que, em 1903, os irmãos Wright conseguem voar. Orville havia roubado a Wilbur um conjunto de fotografias que este muito prezava, e seguiu-se uma perseguição animada. Cada um dos irmãos tinha construído um protótipo de "Máquina Voadeira", como eles lhe chamavam na altura, e ambos se lançaram em grandes voos, com loops, parafusos, pregos, chaves inglesas e outras difíceis manobras de cariz acrobático.

Ora, no meio de toda esta excitação, Wilbur abriu a boca para exigir ao seu irmão que devolvesse as fotografias, quando um pedaço de nuvem lhe entra na boca. Foi um momento de revelação. Wilbur esqueceu de imediato o seu conjunto de fotografias da série "Coxinhas Atrevidas", para se maravilhar com esta sua nova descoberta.

Faço um parêntesis, apenas para traçar um paralelo, para aqueles de vós que não conseguem compreender o significado deste momento histórico. Foi a mesma coisa que quando se descobriu que a Lua era feita de queijo. Excepto no que respeita ao crash que houve no mercado mundial do queijo, claro.

Bem, Wilbur e Orville lá sararam as suas divergências, e fundaram o primeiro negócio do algodão doce. Após atrairem investimento, construiram uma pequena esquadrilha de "Máquinas Voadeiras", que lhes permitiam colher imensas quantidade de algodão doce nas nuvens. Este era depois armazenado, limpo e cortado em doses, para venda ao público.

Após o sucesso na Carolina do Norte, os irmãos Wright decidiram ir à Feira Mundial de St. Louis, em 1904, para apresentarem o seu produto ao Mundo. Infelizmente, este acabou por não comparecer, pelo que os irmãos Wright acabaram por vender ao público que visitou a Feira as mais de 65,000 doses que haviam produzido.

Foi um sucesso. Chamaram-lhe o "Fio Dental das Fadas", e toda a gente concordou que era um nome muito bem escolhido, apesar de dar algum desconforto nas partes baixas. A moda do fio dental só perderia adeptos com a austeridade da WWII, sendo necessário aguardar pelos anos 70 para que conseguisse conquistar, novamente, um lugar ao Sol.

Voltando ao algodão-doce... com o sucesso do Fio Dental, os irmãos Wright lançaram-se noutros negócios de roupa doce, surgindo, eventualmente, a ideia da roupa comestível. Aliás, este é um pormenor que nos revela o quão avançados para a sua época eram estes dois empresários, uma vez que este é um nicho que ainda hoje permanece por explorar.

Bem, por hoje é tudo, no que diz respeito à História do algodão doce. Deixo os meus agradecimentos a Trom-Pete, O Palhaço Musical e a Snekkles, o Cão Pastor E Possuidor De Outros Talentos Muito Apreciados Pelas Ovelhas, pelo contributo que as suas obras deram para uma maior compreensão dos Mistérios da História.

Da próxima vez, irei falar da importância social do algodão doce, principalmente no que respeita aos Contratos Sociais dos anos 50, nomeadamente na Europa do Pós-Guerra.

Link para ver todo o post, Sim, claro que há mais para ler :)

terça-feira, janeiro 02, 2007

Relevantes

Bem, após uma +/- longa ausência, eis-me de volta.

Antes de mais, um bom ano para todos... e todas, antes que me comecem a partir a cabeça :)

Daqui a umas semanas, vamos ter um referendo. Ao ver toda a atenção dedicada ao tema, não deixo de lamentar o facto de outros assuntos serem deixados para trás. É sobre isso que irei falar hoje.

Comecemos pelos transplantes...

Sim, os transplantes! Enquanto a Igreja condena o aborto, enquanto atentado à vida, fecha os olhos aos milhares de transplantes que ocorrem por esse país fora... que digo? Por esse país??? Por esse mundo!!!

Inocentes que recebem orgãos de outras pessoas, também elas vítimas de um sistema demoníaco, ou não fosse o mesmo potenciado pela tecnologia, esse conceito impuro, que tem por único objectivo a clivagem entre o Homem e Deus, a desespiritualização terrena, a desertificação da outroura fértil espiritualidade humana.

Entre os maiores atentados a essa espiritualidade está o transplante de coração! O coração, esse orgão máximo da vida humana, cuja promiscuidade se tornou desgraçadamente corriqueira.

Pois que a medicina moderna não tem como evitar a tragédia que é uma pessoa bondosa receber o coração de um mau elemento! E que dizer do marido fiel e apaixonado (mas tudo no maior respeito, claro) que se vê forçado a receber o coração de um libertino?

Se estas injustiças morais não fossem o suficiente para empalidadecer o mais resoluto defensor da moralidade e espiritualidade terrenas, temos ainda a ignomínia da injustiça legal.

Pois que agora com estes transplantes do orgão sexual masculino, imaginem se um pobre homem recebe o orgão de um exibicionista, p.ex. Se esse inocente alguma vez se vir numa linha de identificação, e lhe reconhecerem o orgão? Quem lhe limpará, então, a honra, manchada por toda esta balbúrdia tecnológica?

Não, senhoras e senhores, nisto não pensam aqueles indíviduos que se dedicam a conspurcar a alma dos fiéis, daqueles que, mantendo a sua alma forte, acabam por ser traídos por ideias ímpias que lhes são impostas, dissimuladas como actos para lhes salvarem a vida.

Mas, meus amigos, existem outras ameaças à espiritualidade, outras incarnações de Judas que se escondem sob um manto de pretensa cura e - frase maldita do nosso século - "melhoria de qualidade de vida".

Todos já ouvimos falar de casos em que são colocadas no corpo entidades que lhe são estranhas - máquinas, ferros, e outras coisas que não lembrariam nem ao demo.

E a pergunta que coloco, com toda a pertinência, é a seguinte: São essas entidades abençoadas? Alguém se lembra desse acto sagrado, de pedir a benção ao Senhor, antes de serem colocados no corpo a que Deus deu vida esses instrumentos estranhos? Como pode o Homem manter a sua espiritualidade, já de si tão ameaçada pelas tentações da vida moderna, quando a sua alma é destruída desta forma tão vil?

Enfim, falemos do aborto, sim.. mas não esqueçamos estes outros problemas importantes, para os quais a Igreja apresenta tantos argumentos, tão relevantes como estes que aqui enumerei.

Link para ver todo o post, Sim, claro que há mais para ler :)

sexta-feira, dezembro 15, 2006

Um conto de Natal

Data original: 2005-12-21

Sim, estou a reciclar o Mail Melga do Natal do ano passado. Mas fazer o quê? Reciclar é bom, não é? :)

Aqui fica, desde já, o meu voto de Boas Festas, e aqui vai um conto/canção de Natal. Deverá ser cantado ao som do "God Rest Ye Merry, Gentlemen" (não sei como se chama esta música de Natal em português).

Enjoy, ppl. O conto/canção e a época.

Em casa dos Almeida, na véspera de Natal
Não havia alegria, a tristeza era geral
A mesa tão vazia! Oh Jesus, tamanho mal!
Oh, que história tão digna de dó
Digna de dó
Oh, que história tão digna de dó

Qual será o porquê de tanta frugalidade?
Nem vão acreditar nesta anormalidade
Mas juro, amiguinhos, não duvidem que é verdade
Esta história tão digna de dó
Digna de dó
Esta história tão digna de dó

Dona Almeida disse, num dia tão malfadado,
"A roupa não me serve, já devo ter engordado"
José, o seu marido, entrou em pânico, alarmado
Disse "Deus tem pena de nós,
Pena de nós"
Disse "Deus tem pena de nós"

Dona Almeida foi a correr à nutricionista
Que lhe receitou muita vitamina e alpista
E a comida proibida, ai, que enorme lista
Desespero! Ai, falha-me a voz
Falha-me a voz
Desespero! Ai, falha-me a voz

Tal tratamento, nem queiram saber quanto custou
Dona Maria Almeida, ao ver o preço, desmaiou
José, o seu marido, contente é que não ficou
E o saldo ficou só com uns pós
Só com uns pós
E o saldo ficou só com uns pós

Dona Maria Almeida gastou os dois ordenados
José Almeida ficou totalmente apalermado
Jesus Almeida, o petiz, disse, desconsolado
"Este ano não há doces p'ra nós,
Doces p'ra nós,
Este ano não há doces p'ra nós"

Estavam os três à mesa com umas caras tão tristonhas
Jesus, que deprimente contemplar tamanhas fronhas
Não haverá como ajudar estes nossos pamonhas?
Eles estão tão tristes e sós
Tristes e sós
Eles estão tão tristes e sós

E eis que aparecem, guiados por uma estrela,
Três homens bem vestidos, montados numa camela
Magrinhos e elegantes, ali, gordura, nem vê-la
E falaram todos a uma voz
A uma voz
E falaram todos a uma voz

"Somos os Três Reis Magros e viemos ajudar,
E viemos aqui trazer-vos o vosso jantar
A Ceia de Natal, que alegria vos vai dar
Pois que Deus teve pena de vós,
Pena de vós,
Pois que Deus teve pena de vós"

E na mesa apareceram, por artes e por magias
Carne, peixe, e doces e um buffet de carnes frias
E um sem número de deliciosas iguarias
E até havia um pão-de-ló
Um pão-de-ló
E até havia um pão-de-ló

Os Três Reis Magros partiram, não sem antes dizer
Que para perder peso não é preciso sofrer
Com exercício, não há que ter medo de comer
Que receio tão duro e atroz
Duro e atroz
Que receio tão duro e atroz

E assim, amiguinhos, aqui fica a lição
Não se tornem em escravos da vossa alimentação
Levantem o cú do sofá, façam flexões no chão
E não sejam uns gandas totós
Gandas totós
E não sejam uns gandas totós

Boas Festas!

Link para ver todo o post, Sim, claro que há mais para ler :)

domingo, dezembro 10, 2006

Pés Furados

Ontem, estava a ver um qualquer Telejornal (quando não estou em casa, nunca sei bem qual é que estou a ver), quando começam a falar de uma operação policial na noite de Lisboa, que resultou em algumas detenções. A dada altura, começam a desfiar o rol de motivos de detenção.. e, de repente, começo a visulmbrar ao longe algo de estranho a aproximar-se... não consegui perceber bem o que era, mas vinha assim, de forma despreocupada e verdadeiramente idiota, como... bem, como uma qualquer idiotice...

"blah blah blah... questões relacionadas com direitos de autor... blah blah blah"

A frase não foi bem esta, é certo, mas o facto é inegável - aparentemente, a PSP anda a verificar os CDs que os condutores andam a ouvir. Parece-me fabuloso.

Para mim, tem já uma consequência... faço parte de um grupo, ao qual decidimos chamar a Tertúlia... original, não é? :) Bem, nesse grupo, um dos assuntos principais é a música. Temos gostos musicais muito diversos e, na maioria das vezes, opostos. Mas, de vez em quando, lá um de nós consegue apresentar algo de novo que os outros gostam. Já não comprava CDs há muito tempo (mais abaixo vão perceber porquê), mas já comprei um ou dois graças a isto.

Curiosamente, estava a preparar-me para uma sessão de compras mais em grande, para adicionar alguns nomes novos à minha colecção de CDs. Pois bem, depois de ver isto - não me parece. Como se costuma dizer, há que votar com a carteira, e eu vou manter o meu dinheiro no mesmo sítio onde costuma estar - música étnica e New Age, onde, pelo menos, não tenho que aturar idiotas que têm a mania que as pessoas lhes devem alguma coisa.

Quanto a não comprar CDs... quem pensa que ando por aí a pirateá-los... lamento, meus caros, mas estão enganados. "Como é que é possível viver sem música?" perguntam vocês.

Não é um esforço por aí além, portanto esta minha atitude não é algo de nobre, nem requer qualquer tipo de sacrifício. Depois de comprar a música que realmente gostava, a minha única motivação seria experimentar o que havia de novo. E, basicamente, esta indústria que agora decidiu colocar a Polícia a passar revista aos leitores de CD é a mesma indústria que, de há 10-15 anos a esta parte, só tem cuspido merda cá para fora, IMHO. Se disser que, no que diz respeito ao mainstream, compro 2-3 CDs por ano, não estarei muito longe da verdade.

E depois, temos outro problema - o hype. É algo que me complica com os nervos. P.ex., ouvi o "Bring Me To Life" dos Evanescence no filme "Daredevil". Gostei, e decidi comprar o álbum. Nos meses seguintes, fui bombardeado com estes tipos em todo o lado. Basicamente, fartei-me. Quando saiu o álbum ao vivo, já não podia ouvir falar neles. Este álbum que saiu agora? Talvez um dia pegue nele, quem sabe...? Mas não há pachorra para aturar isto.

Mais lamentável ainda é uma outra tendência, igualmente recente, de procurar os "The Next Big Thing"... bandas que têm um primeiro álbum com um sucesso fabuloso, mas que depois sucumbem perante a pressão de superar - ou, pelo menos, repetir - esse sucesso.

Talvez alguém devesse lembrar a esses iluminados senhores que, regra geral, o primeiro álbum de uma banda é o fruto de anos de trabalho dos seus membros, e que é ridículo - já para não dizer tremendamente estúpido - querer repetir isso, no espaço de 12-16 meses, que muitas vezes são completamente preenchidos com tournés, entrevistas, promoção, etc.

Basicamente, a única coisa que as editoras querem é o cash-in... e, como se tem visto na esmagadora maioria dos casos... só dão é tiros nos pés.

Bem, por tudo isto, não me custa nada manter o dinheirito na carteira. Gostaria, portanto, de agradecer aos Senhores da Indústria da Música, pelo seu papel de potenciadores da minha poupança.

Ah, e por falar em tiros no pé... Gostaria de felicitar a TV Cabo pela sua ideia - mais uma perfetia idiotice - de remover a SIC Comédia da sua grelha. Enfim, falando por mim, pouca televisão vejo, portanto não sou certamente membro do seu público-alvo. Mas a SIC Comédia era um dos poucos canais que via. Pelos vistos, estou na minoria. Ou isso, ou a TV Cabo quer dar uma ajudinha à concorrência... talvez por causa da OPA, quem sabe?

Pelo menos, posso dar-lhes os parabéns por duas coisas - primeiro, deixaram de me fecundar a cabeça a tentar vender-me a SportTV, que deve ser o canal mais asqueroso que alguma vez viu a luz do dia. E, depois, porque tiveram o bom senso - até que enfim, que já não era sem tempo - de ter uma estratégia de grupo na sua última campanha publicitária. Um dos outdoors que por aí anda é um SMS de filho/filha para o pai, a dizer que saiu de casa por não ter TV Cabo. Esse anúncio está cheio de menções à TMN. Excelente ideia, e deixo os meus parabéns a quem a teve.

Quanto a remover a SIC Comédia? Pés furados, meus caros :)

Link para ver todo o post, Sim, claro que há mais para ler :)

quinta-feira, novembro 30, 2006

Amor... Parte II

Vou interromper o relato das aventuras holandesas por um bocadinho, para actualizar a minha definição de Amor.

Começo com uma canção de Yannick Noah, chamada "Si Tu Savais". A letra... essa, é fabulosa:

Si tu savais mon frère
Ce que je trouve là-bas chaque fois
Le rythme lent de la terre
Où les vies passent doucement pas à pas

Si tu savais mon frère
Ce qu'ensemble veut dire là-bas
Au coeur des monastères
Les dieux s'inclinent devant tant de foi

Ici nos âmes sont grises
Les gens ne se regardent pas
Nos sentiments s'enlisent
Et l'on ne voit pas ce que l'on n'a pas

Eux tu sais quand ils disent
Pas besoin de signer en bas
Chaque matin chaque brise
C'est ton coeur qui parle pour toi

Si tu savais mon frère
Comme je me retrouve quand je suis là-bas
Dans leurs chants leurs prières
Ou j'aime tant mêler ma voix

Si tu savais mon frère
Comme chaque jour est fort là-bas
Les bonheurs, les misères
Tout se partage même le moindre repas

Le pain et les chimères
La peur de l'au-delà
Juste offrir et se taire
Sans réfléchir juste comme ça

La crainte du tonnerre
La mort qui vient déjà
C'est tout leur univers
Qu'ils partagent simplement avec toi

Si tu savais
Il suffit de donner
Si tu savais
Aimer c'est partager

Si tu savais
Il suffit de donner
Si tu savais
Aimer c'est partager

Le bonheur c'est partager


A parte que sempre me fica a ecoar na cabeça é esta:

Si tu savais / Se soubesses
Il suffit de donner / Que basta dar
Si tu savais / Se soubesses
Aimer c'est partager / Amar é partilhar


Sim, amar é partilhar. Para além de confiança e cedência (ou sacrifício, ou whatever). É o partilhar de uma alma com outra pessoa, em quem depositamos a esperança de ser capaz de nos compreender, e de colocar essa compreensão acima de qualquer ensejo de nos julgar.

É partilhar o que temos de belo... e de vil... de inspirador... e de degradante... de normal... e de bizarro...

É abrir as janelas do nosso ser, aquelas que tínhamos fechadas há anos, que escondiam salas, nichos, recantos... e que já tínhamos perdido a esperança de alguma vez encontrar alguém a quem tivéssemos vontade de as mostrar.

É sermos nós próprios em todas as situações... quando estamos em dia não, admiti-lo abertamente, e não sentirmos receio por isso. É o enfrentar de problemas aparentemente insolúveis, a dois, sem saber muito bem como os vamos resolver, mas confiantes, porque alguém acompanha os nossos passos.

É dar a mesma importância a um abraço no Metro, a um toque de mãos na praia, a um orgasmo (ou à ausência de um orgasmo).

Enfim... é entregarmo-nos, sem reservas, sem segredos, pouco a pouco ou mergulhando de cabeça, pouco importa. Acima de tudo, é a entrega, a partilha total de nós próprios com a pessoa que achamos que o merece.

Continuando a falar em fancês, estive há dias a rever um filme fabuloso chamado "Jet Lag" (um grande obrigado ao Jorge, que me convidou para ver este filme, em 2003).

Fabuloso, porquê? É um hino ao "Porque não...?", um hino de uma beleza incomparável. É um filme americano feito por franceses, que decidem mostrar aos nossos vizinhos do outro lado do Atlântico como se faz um comédia romântica como deve ser.

Há muitos momentos marcantes no filme, mas o final, a sequência de cenas desde o pequeno-almoço no aeorporto, até à mensagem deixada no voice-mail... está genialmente tocante. Recomendo vivamente este filme, com interpretações fenomenais de Juliette Binoche e Jean Reno.

E o que é que uma coisa tem a ver com a outra? Bem, ocorreu-me apenas que são dois aspectos que, de repente, me entraram vida adentro, e me arrastaram num turbilhão de felicidade, no qual ainda ando meio atordoado.

Partilha e oportunidade. Aliás, oportunidades... se calhar, pela primeira vez em toda a minha vida, a esmagadora maioria das janelas está aberta, e a luz ilumina-me completamente, e expõe aquilo que sou, e é isso que entrego...

A ti, princesa. Sempre esperei por alguém como tu, e o Destino decidiu, finalmente, que já tinha esperado tempo suficiente. Amo-te! Talvez algum dia encontre as palavras que digam quanto...

Link para ver todo o post, Sim, claro que há mais para ler :)

domingo, novembro 26, 2006

Dia 3 - I Am Sterdam (Parte II)

Após a saída do BK, metemo-nos outra vez no eléctrico, para ir ao mercado das flores, uma vez que ainda ninguém tinha visto grande coisa de tulipas. Lá fomos, com atenção à paragem onde deveríamos sair, mas - mais uma vez - as tais senhoras com vozes simpáticas deram-nos uma ajuda.

Era um mercado, idêntico ao da Ribeira, mas ao ar livre. A maioria dos stands eram perfeitamente normais, apenas um sobressaía, pela forma como estava disposto, mesmo para chamar o turista. E funcionava, porque haviam vários turistas a tirar fotografias nesse stand, apesar dos papelinhos que diziam "No photo, please". Não percebi porquê, mas tudo bem.

Foi nessa altura que vi algo que me supreendeu - uma loja chinesa. Mas uma loja genuinamente chinesa, e não uma loja dos 300 com um nome chinês, como temos cá. Ou seja, era uma loja onde se vendiam artigos tipicamente chineses, e não refugo produzido a preço da chuva. Infelizmente, acabei por não entrar, mas foi uma surpresa agradável.

Nessa altura, separámo-nos. Havia um grupo que queria ir ao Madame Tussaud. Nós (os do outro grupo) queríamos ir ao Museu da Tortura (or so we thought). Antes disso, fomos à Praça Rembrandt, onde têm um jardim com uma estátua de Rembrandt, sobranceiro a um conjunto de estátuas que representam o seu quadro "Night Watch". Recomendo. Aproveitei o caminho para espereitar mais uma ou outra sex-shop, que as havia em grande quantidade.

Para comprovar que o português está em toda a parte, fomos abordados por um turista brasileiro, e estivémos um pouco na conversa.

Seguimos daí para o Museu da Tortura. Chegados à porta... bem, queremos entrar, ou não queremos...? Quem é que quer ir ver...? Epa, é igual à exposição que houve em Lisboa. Bem, eu não vi a exposição, e a entrada até era barata, mas o tempo era pouco, e eu não estava com muita pachorra para o gastar a ver instrumentos de tortura. Já me bastam as especificações/procedimentos/documentos de projecto que tenho que ver no dia-a-dia.

Assim sendo, decidimos seguir em direcção à Igreja Nova, na esperança de a visitar. Subimos, mas a Igreja já tinha fechado. Entretanto, o nosso casal de Coimbra estava novamente reunido, e decidimos assumir os nossos papéis - nós, os homens, ficámos num cafézito super-acolhedor a beber uma imperial, e as gajas foram ver montras.

Passado algum tempo, o resto do grupo chegou ao café. Nessa altura, surgiu a questão - now what? A malta queria ir ver a casa de Anne Frank. Eu ainda tinha uma compra muito importante para fazer, para uma menina que adora cavalos... estava difícil, porque na Holanda é mais vacas.

Decidi deixar a casa de Anne Frank para outra ocasião... fui o único, e lá me lancei sozinho pelas ruas de Amsterdão. Já era noite, mas as ruas continuavam cheias. Algumas já tinham iluminações de Natal, pelo que fui andando e curtindo o espectáculo.

Fui entrando em várias lojas de souvenirs, na minha Missão Impossível. Numa delas, na avenida que vai da Igreja Nova para a Central Station, um dos empregados perguntou-me, em inglês, se precisava de alguma coisa.

Eu respondi "No, I'm just browsing", mas depois decidi aceitar a oferta, e disse "I'm sorry, you seem to have lots of stuff with cows... but I'm looking for something with horses", ao que ele respondeu que isso seria muito difícil, pois o recuerdo típico era com vacas, e depois pergunta-me "You're from Portugal, right?"... ao que eu respondi um "Yes" muito surpreendido, o que o levou a dizer "Pois... nós, os portugueses, falamos inglês todos com o mesmo sotaque".

Estivémos um pouco na conversa. Da sua ida para Amsterdão; da resistência inicial dos pais, que achavam que o seu filho ia viver para um antro de droga e prostituição; da sua mudança de opinião, quando o foram visitar pela primeira vez; de como as coisas funcionavam por lá (por oposição a não funcionarem por cá); da diferença de mentalidades.

A certa altura, falei-lhe na minha desilusão com o Red Light, e foi aí que ele me me fez ver o meu erro - eu só tinha visto uma pequena parte. Havia muito mais ruas cheias de montras para ver, e ele explicou-me por onde seguir. Além disso, disse-me também que a melhor hora para passear por lá sem grandes problemas era ao início da noite, saíndo de lá por volta das 21:30. Por essa altura, a malta começava a sair das coffee-shops, alguns já sem saber muito bem o que andavam a fazer, portanto havia potencial para mais confusão.

Bem, após a conversa, continuei a minha cruzada... basicamente, um cavalo, um cavalo, o meu reino por um cavalo... mas lá tive que me contentar com umas vaquinhas.

Depois disso, enquanto ia ter com o pessoal, ainda vi mais umas sex-shops, e uma loja de lingerie com peças muito giras. Entrei, mas deparei-me de imediato com o problema do tamanho, como devem compreender. Acabei por sair, um pouco triste por nunca conseguir encontrar lingerie que me servisse...

Sim, estava a brincar, claro! O problema do tamanho é porque a pessoa para quem a queria comprar estava em Portugal.

Entretanto, fiquei à espera do resto do grupo na Praça da Igreja Nova (não, não memorizei o nome das ruas). Quando eles chegaram, lá fomos numa nova excursão ao Red Light. Se bem me recordo, deviam ser para aí umas 19:30 - 20:00.

Servimos de guias ao resto do pessoal, e fomos até à Igreja Velha, a igreja mais antiga de Amsterdão. As montras estavam mais ou menos na mesma. Depois, seguimos na direcção que o nosso amigo português havia indicado. A primeira montra que vimos... epa, foi passar do 8 para o 80.

Foi, sem sombra de dúvida, a mulher mais fabulosa que vimos ali, naquela noite. Parecia saída de um filme da Private (para quem não sabe o que é - lamento... a sério). Fisicamente, a mulher era deslumbrante, e ofuscava toda a gente que passava por ali... até as mulheres do nosso grupo concordaram.

And yet...

Voltamos à velha história de, para mim, o físico não ser suficiente. Na condição de comprometido em que me encontro actualmente, assumi claramente que a minha visita às montras seria puramente visual. No entanto, mesmo que assim não fosse, não seria esta mulher a conquistar-me. Porquê? Nariz demasiado empinado. "Ah, e tal, mas tu és cliente, portanto ela tinha que se aguentar", disseram-me algumas pessoas com quem comentei isto, mais tarde.

Não interessa. A verdade é esta, e pude confirmá-lo, "live" - uma tipa daquelas, apesar de deslumbrante, não me desperta o desejo. Tal como escrevi uma vez, atrai-me o olhar, mas não o prende por muito tempo. Quanto a dar-me vontade de entrar, para ir ter com ela... epa, esqueçam lá isso. Como se dizia nos meus tempos de juventude, "preferia uma hora bem passada com a irmã da canhota"... não, não estou a brincar, meninos e meninas.

Bem, filosofias à parte, eram umas 5 ou 6 ruas apenas com montras. Duas delas eram tão estreitas que duas pessoas passavam com alguma dificuldade. Nalgumas das montras, viam-se mulheres cuja idade já lhes deveria recomendar outra profissão. Achei giro que numa das montras estavam 3 mulheres... ficámos a pensar se seria apenas para grupos.

Houve uma outra mulher que encheu os olhos a toda a gente... mas essa já não a vi, porque tinha acabado de arranjar negócio e sair da montra.

E a mim? Bem, há sempre uma eleita, claro, e aqui não foi excepção. E o que é que me fez decidir? A simpatia... o sorriso, o brilho nos olhos... fisicamente, não era tão deslumbrante como a primeira mulher de que falei acima, mas também era bastante atraente... também ficaria muito bem num filme da Private. Mas tinha um sorriso que originava nos lábios e reflectia no olhar... fascinante!

"Ah, aquilo é só para atrair os gajos"... sim, sem dúvida. E - surprise, surprise - funcionou. De todas as mulheres que vimos ali, seria a única que me levaria a entrar, a única que conseguiu atrair-me o olhar, convencê-lo a descansar mais um pouco nos seus olhos, para depois o algemar com tanta simpatia... e depois, para o meu olhar sair dos olhos dela? Acho que tenho um olhar com espírito de Houdini... podem não acreditar, mas só depois disto tudo é que lhe consegui olhar para o corpo.

Enfim, fabulosa! Sem desprimor para as outras, mas a vida é assim.

Bem, de resto... dado o adiantado da hora, o ambiente estava mais animado que no dia anterior, sem dúvida. Até se viam miúdos a correr de um lado para o outro, a ver as montras... das sex-shops, que são um pouco mais explícitas que as de cá. Aqui e ali, polícias de bicicleta... não havia ali sinal de insegurança, pelo menos à hora a que lá andámos.

Ainda entrámos numa sex-shop, que foi a melhor que vi lá. Espaço amplo, bem iluminado, com as coisas bem organizadas... quase parecia um pequeno super-mercado.

Foi lá que vi, pela primeira vez, uma ovelha insuflável, que estava em exposição. Tinham também um preservativo de corpo inteiro. Aliás, o bom gosto desta loja estava patente no facto de terem uma secção só com filmes da Private.

Em termos de compras, os tipos tiveram algum azar. Eu fiz uma compra, mas uma amiga minha que queria levar um fatinho, não teve a mesma sorte. Novamente o tamanho. Pelos vistos, ela é demasiado... compactazinha...

Bem, estava a chegar a hora recomendada para sair, já tínhamos - finalmente - visto um pouco do que tornava o Red Light famoso (e, sim, vale a pena visitar), e estávamos a ficar com alguma fome. Estava na altura de nos pormos a caminho.

E este post já vai comprido como tudo... mas se eu deixasse o Red Light para a parte III, acho que alguém me enforcava.

O resto fica para depois, incluíndo a visita ao Sex Museum.

Link para ver todo o post, Sim, claro que há mais para ler :)