quinta-feira, novembro 23, 2006

Dia 3 - I Am Sterdam (Parte I)

Finalmente, um dia todo dedicado a Amsterdão...

O pequeno-almoço foi feito com os restos das sandochas do dia anterior. Sim, eu sei, restos não são uma alimentação saudável, mas é assim a vida. Aliás, haveria restos para o resto da viagem.

De seguida, a caminho do ferry. Deixámos os carros na tal zona residencial e lançámo-nos numa caminhada de uns 15 minutos, durante a qual ainda travámos conhecimento com um gato extremamente amigável... alguém avançou que talvez fosse uma gata com o cio, o que explicaria tanta confiança com um conjunto de estranhos... ainda por cima, turistas, a falar numa língua imperceptível, o que muito deve ter confundido o pobre animal.

Enfim, ferry connosco, e eis-nos chegados a Amsterdão. O nosso casal de Coimbra separou-se (salvo seja, meus caros, salvo seja :) ), pois nós íamos ver museus e o nosso amigo não estava com pachorra para isso, e tinha outros interesses mais virados para a tecnologia e ciência.

O dia ia ser a andar de um lado para o outro, e era preciso comprar bilhetes. Já não me lembro porquê, mas fui a caminho de uma loja de apoio ao turista, na Central Station.

Após esclarecer dúvidas, sair da loja e voltar novamente, lá comprámos uns I am sterdam cards. Durante 24 horas, tínhamos transporte à borla, bem como outras borlas e descontos. Sendo portugas, claro, tínhamos - igualmente - sorrisos de orelha a orelha. Senti-me num anúncio da Colgate.

Embarcámos num eléctrico, muito parecido com os nossos novos, and away we go. Lá perguntámos a uma passageira onde haveríamos de sair, para ir para o Museu Van Gogh. Curiosamente, ela também ficou um pouco à toa, mas afinal foi fácil.

Porquê? Os eléctricos deles têm umas senhoras, com vozes muito simpáticas, que anunciam cada paragem. Deve ser um emprego um pouco monótono, but it's a living. No entanto, para além disso, as supra-citadas senhoras têm a ajuda do motorista, que vai anunciando os pontos de interesse de cada paragem. Portanto, assim que ouvimos Van Gogh Museum, levantámo-nos e corremos para a saída... tão depressa que até parecia que estavam a oferecer mais borlas.

À entrada do museu, o primeiro choque - uma fila brutal! O museu tinha 3 entradas, sendo que duas delas iam dar às bilheteiras. A terceira era para quem já tinha comprado bilhete com antecedência... sei lá... olha, p. ex., na loja de apoio ao turista, na Central Station.

Portanto, uma pequena seca para entrar. Depois, não se podia entrar com mochilas, nem com comida, nem com garrafas de água. Felizmente, somos portugas, e lá conseguimos contrabandear um pacotito de bolachas, que muito bem souberam dali a um bocadinho.

E o museu em si? Epa, Impressionismo não é my cup of tea. Ainda por cima, o raio do museu estava cheio... quem diria, não é? Pelas filas lá fora, quem adivinharia a enchente de pessoal no museu?

O Impressionismo tem uma característica engraçada - impressiona mais à distância. Vistos de perto, parecem - basicamente - um amontoado de pinceladas. Mas, no caso do museu Van Gogh, algo de grave se passava, pois todos os quadros, quando vistos à distância, pareciam... um amontoado de nucas.

Ou seja, era impossível apreciar os quadros como deve ser, com dezenas de pessoas a tapar a vista. Enfim, fazendo o trocadilho pela última vez... não fiquei impressionado.

Saímos dali e fomos direitos ao Rijksmuseum. Também tinha uma fila considerável, mas mais maneirinha. Só havia um problema - chovia a potes. Mas, mais uma vez, vi como se fazem as coisas num país a sério. O pessoal do museu que estava a controlar a entrada tinha guarda-chuvas, que dava aos visitantes que estavam à espera para entrar e não tinham com que se abrigar da chuva.

Bem, adorei o Rijksmuseum. Sempre me senti mais virado para obras mais clássicas, e o museu tem uma colecção impressionante da época áurea holandesa - Rembrandt, Vermeer, Borch... a casa de bonecas de Petronella Oortman, do tamanho de um roupeiro... uma réplica de um navio de guerra (que me deu alguma saudade do nosso Museu da Marinha, que já não visito há anos)... enfim, fiquei fã, e recomendo vivamente.

Saídos dali, fomos almoçar. Pelo que me lembro, já estávamos perto das 16:00. Onde almoçar?

Bem, a Holanda é um país avançado. Confirmei isso pela quantidade de Burger Kings que tinham por lá. Portanto, nada melhor do que experimentar a prata da casa.

Fiquei desiludido. Para começar, o menu deles pareceu-me mais limitado que o nosso. O serviço era ainda mais caótico, o que me surpreendeu, pois sempre pensei que fosse impossível.

Por fim, a ignomínia final - não tinham cerveja!!!! Como é possível????? Mesmo ao lado da Bélgica, onde se faz da melhor cerveja que já provei (ah, six-packs de Grimbergen), e o BK não tem cerveja! Imperdoável!

Enfim, foi um almoço algo decepcionante. Os nossos BKs são melhores.

Bem, pessoal, para já, fico-me por aqui. Isto hoje saíu mais longo que o habitual (é favor evitar a piadinha fácil, pls). Depois continuo o relato deste dia 3.

3 Comments:

Blogger inBluesY said...

tás feito!!!!!


vou organizar um manifesto e vamos protestar vivamente aqui no teu Blog, mas atão o que é isto heim!!!???

cadê o relato do bairro vermelho
.......

16:47  
Blogger Sea said...

hum... mas a história acaba ainda nesta vida... right...?

08:52  
Blogger Schmeichel said...

Gostas de clássicos? Nada bate a National Gallery de Londres. Believe me!

Quanto ao BK, além de não ter cerveja ainda cobram pelos molhos. Bandalhos!

20:08  

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