quarta-feira, julho 19, 2006

Bullshit

Data original: 2005-09-15

Existe um conceito fabuloso chamado "bullshit". Não sei bem como traduzir isto para português; talvez "tretas" seja o mais indicado, mas parece-me que lhe falta alguma força. Um dos exemplos mais perfeitos de bullshit são os discursos políticos; aliás, eu diria que os políticos são o exemplo supremo do "bullshit artist".

No entanto, estava há uns tempos a ver o "Coupling", quando me deparei com uma pérola do "bullshit" à qual nunca tinha prestado a devida atenção. A certa altura, a Susan diz o seguinte: "As mulheres querem homens que não aceitem um 'não' como resposta".

Parei o DVD e fiquei a ouvir o som de engrenagens a trabalhar furiosamente. Por fim, decidi que, por muito que pensasse no assunto, aquilo não fazia qualquer sentido, e lá reduzi a actividade da minha máquina cerebral. Entretanto, coloquei a ideia de molho, e deixei-a apurar; utilizei uma receita de molho de cerveja com mostarda, que deve ser fabulosa (ouvi dizer que é uma das preferidas do colesterol). Até que um dia abri a janela e fui, finalmente, atingido por uma teoria que passava por ali (a Compreensão estava de folga nesse dia).

Mais uma vez, não vou dizer que esta teoria é minha, apesar de nunca a ter visto antes do tal dia em que abri a janela. Se alguém souber quem é o seu proprietário, podem dar-lhe o meu contacto, que eu devolvo-a.

Se levarmos à letra a frase "As mulheres querem homens que não aceitem um 'não' como resposta", então a violação deixaria de ser crime; dizer que isto é uma péssima ideia seria o mesmo que dizer que o Hitler foi um gajo chatinho que andou a melgar meio mundo durante meia dúzia de anos. Como tantas outras frases feitas (que soam bem mas não servem para nada), também esta exige uma certa análise sensata e conclusiva para conseguirmos obter algo que faça um mínimo de sentido.

No início, há milhões de anos atrás, as coisas deveriam ter sido mais simples. Até que, um dia... imaginemos um diálogo entre duas mulheres pré-históricas (Nurmaltchuka e Tatatchuka), há alguns milhares de anos atrás, no final do Paleolítico, durante a festa de aniversário da revista "Cosmagnon", na s'pé-famosa gruta/bar/restaurante/discoteca/lavandaria/sex shop/cabeleireiro/ervanária "Selva de Pedra".

---
Nurmaltchuka: Oooh Urgh Iaaargh Ah Ah Ih Ah Oh?
Tatatchuka: Airgh Airgh Iak Iak Iak Urgh Ia Ah...

(bem, se calhar é melhor passarmos para uma versão dobrada, não acham? Os turistas que me desculpem)

N: Achas mesmo que o Urgh está interessado em mim?
T: Não tirou os olhos de ti a noite toda...
N: Sim, mas...
T: E aproveitou todas as oportunidadea para vir conversar contigo. É óbvio que está interessado. Sabes o que tens a fazer, certo?
N: Bem, OK, vou abrir o jogo e dizer-lhe que também estou interessada e...
T (em pânico): Nãããããoooo!
N (surpreendida e alarmada): Que foi?
T: Estás parva ou quê? Vê lá se queres levar com o jornal na cabeça! (pode não parecer uma grande ameaça, até nos lembrarmos que os jornais eram feitos de pedra. A edição de Domingo era particularmente dolorosa; apanhá-la do chão sem deixar cair nos pés nenhum dos suplementos que se encontravam no seu interior era uma arte).
N: Mas, se eu estou interessada nele, e ele parece interessado em mim, porque é que não poss...?
T: Não podes! A mulher moderna já não é assim. Tu parece que ainda vives no tempo das Australopithecas!
N: Então, o que tenho que fazer...?
T: Repara... tu estás interessada nele, certo?
N: Certo.
T: E achas - mas não tens a certeza - que ele está interessado em ti, certo?
N: Sim...
T (fazendo aquela cara de felicidade parva e fingida que costumava ver no final dos anúncios de detergentes): Então, é simples! É só dares-lhe a entender que não estás interessada nele, percebes?
N (fazendo aquela cara de confusão bastante genuína, que raramente aparecia nos anúncios de detergentes, ou em qualquer outro anúncio): Não.
T: Não importa. Faz o que te digo, que vais ver que resulta. Quando ele perceber que não estás interessada, vai ficar ainda mais interessado.
N: Então, e se não ficar?
T: Nesse caso, não tiveste que lidar com o facto de te mostrares interessada e levares uma trampa. E ficas com a certeza de que ele não estava realmente interessado, porque não reforçou o seu interesse ao perceber que tu não estavas interessada, que seria a primeira reacção que teria alguém que estivesse realmente interessado e que fosse confrontado com a falta de interesse por parte da pessoa por quem estivesse interessado.
---

Bem, quando é explicado de uma forma simples, até faz sentido, não acham? Há milhares de anos atrás, quando uma mulher demonstrava interesse num homem e ele não estava interessado, a tradição era que ele tinha que lhe atirar com um monte de trampa para cima; a expressão utilizada era "levar uma trampa", que evoluiu para o moderno "levar uma tampa".

Portanto, por uma questão não tanto de dignidade, mas mais de higiene, a mulher começou a utilizar o subterfúgio de ocultar o seu interesse por detrás de "nãos" que queriam dizer "sim", e deixar que o homem assumisse - e mantivesse, mesmo contra todos os indícios - a iniciativa. E hoje em dia, apesar de já nenhum dos actuais macacos da jaula pertencer ao grupo original, quem é que se atreve a contrariar isto e subir ao banco para apanhar o cacho de bananas?

E pronto, é esta a minha teoria, com uma explicação lógica para este tipo de comportamento sem sentido.

Ou então...

Se calhar, isto nunca aconteceu. Se calhar, a minha teoria deveria ser a seguinte: A malta (homens e mulheres) curte o jogo de sedução, com toda a sua teia de subtilezas, porque lhes permite retirar a equipa de campo de forma discreta, como se nunca tivessem pretendido jogar. Não é que toda esta dissimulação seja divertida ou dê realmente grande gozo, mas é que a alternativa é abrir o jogo colocando as cartas na mesa, e a malta (homens e mulheres) tem alguns problemas sérios a lidar com a rejeição.

Porque a malta (homens e mulheres), quando é confrontada com a rejeição, não pensa... (bem, poderia acabar a frase aqui, que faria sentido, e seria uma grande verdade, mas vou continuar) não pensa "OK, desta vez não deu, next please"; ao que parece, é muito mais divertido pensar "Oh, meu Deus, fui rejeitado(a)! E agora? O que será de mim? Certamente que existe algo de errado comigo, senão não teria que passar pelo suplício da rejeição! Será do meu mau hálito?". O que acaba por dinamizar a economia, criando um conjunto considerável de postos de trabalho no campo da psicologia/psiquiatria, para além de um possante mercado para as revistas do bullshit.

No fundo, tratam-se de deficiências de dois nutrientes essenciais para o equilíbrio psíquico: Auto-confiança, para poder acabar com o jogo de dissimul... er, quero dizer, subtileza; e auto-estima, para aceitar que haverá pessoas que não estão interessadas, que isso é normal, e que não é o fim do mundo. Talvez esteja aqui uma oportunidade de negócio para o pessoal que vende suplementos alimentares - arranjar um produto que elimine as deficiências destes nutrientes.

Na série "Coupling", há um personagem chamado Patrick, que é o engatatão lá do sítio. A sua filosofia resume-se esplendidamente nos dois seguintes diálogos:

Sally: Existe alguma forma de comportamento feminino que não interpretes como sendo uma indicação de que és atraente?
Patrick: Acho que nunca vi tal coisa.

Sally: Como é que chamas a alguém com quem sais, mas com quem não queres ter sexo?
Patrick: Homem.

Tem imensos defeitos, todos retratados - naturalmente - da forma mais cómica possível. Mas há um aspecto que considero admirável - é apresentado como sendo o tipo de pessoa a quem a rejeição pouco ou nada afecta; faz-se ao piso sem qualquer tipo de dissimulação ou ambiguidade, leva uma tampa, e continua como se nada tivesse acontecido, à procura do próximo "piso" para "se fazer". Neste aspecto específico, lembra-me o verso da música "Easy Come, Easy Go" dos Winger - "Play the game like you've already won".

Geralmente, este tipo de comportamento é rotulado de insensível, superficial, e coisas piores (principalmente se se verificar numa mulher). Talvez o seja, talvez não... só acho piada que, por oposição, o que imagino que seja considerado sensível - até mesmo sensato - é sermos dissimulad... er, perdão, subtis. Qual era mesmo o tema de hoje? Ah, sim... bullshit!

40 Comments:

Blogger Lisa said...

Post muito giro ;)
E é claro que gostamos de homens que não aceitem um "não". Mas entendamo-nos: gostamos que eles nos tentem convencer/seduzir a dizer "sim", e não que nos forcem...
Então, perguntaria qualquer homem de bom senso, como saber se um "não" é mesmo "não" ou um esperançoso "talvez"? Pois, aí é que está o busilis.

Por mim falo, acho que as coisas seriam mais fáceis se assumíssemos o risco da tampa. Eu assumo. Já levei, já dei. É a vida. Mas antes abrir o jogo que arriscar perder tudo... mas sempre com um véuzinho de mistério.

Mas a verdade, verdadinha, é que os homens gostam do jogo. Gostam do "não", gostam do desafio. E não são por aí além fãs de meninas que são claras e francas, e não jogam o jogo... ou não?

10:06  
Blogger Sea said...

Não será isto tudo também bullshit?

10:26  
Blogger Llyrnion said...

Bigado, Lisa :)

«Mas a verdade, verdadinha, é que os homens gostam do jogo. Gostam do "não", gostam do desafio. E não são por aí além fãs de meninas que são claras e francas, e não jogam o jogo... ou não?»

Epa, n posso falar pelos homens, em geral, portanto falo por mim - n há pachorra.

Correndo o risco de ser papagaio, pq já disse isto inúmeras vezes - as mulheres com quem me lancei até podem ter jogado o jogo, mas, eventualmente, deixaram-se disso. Inclusivé, duas acabaram por me demonstrar o seu interesse de forma completamente inequívoca - pregaram-me um beijo :D

Houve outra em que estávamos na conversa, e eu disse-lhe "Chega aqui". Ela percebeu (possivelmente, pelo olhar), pq aproximou-se o suficiente pa q eu a beijasse. De uma forma ou de outra, sempre vi as coisas assim - o interesse demonstra-se, de forma explícita.

Se calhar houveram outras q lançaram os seus sinais (sejam eles quais forem), e qd n tiveram resposta, foram à sua vida. Felizmente, houveram algumas q puseram as cartas na mesa e decidiram tirar a questão a limpo.

O jogo? Acho q há maneiras mt mais agradáveis de passar o tempo, but that's just me.

Qt às meninas claras e francas... adoro-as. Têm sido a minha vida :)

:*

10:33  
Blogger Llyrnion said...

"Não será isto tudo também bullshit?"

Talvez. Cd um terá a sua bullshit. Há gente pa quem o jogo, the thrill of the chase é td. N as cmopreendo. Tb n peço q me comperendam a mim :)

:*

10:33  
Blogger Joana Carneiro said...

dizem que as mulheres sao muito complicadas, mas isso nao passa de um mito! Os homens, é q acham que qd uma mulher diz nao, quer dizer sim, e q qd diz sim, se calhar queria dizer nao! E se disse mesmo sim, nao seriauma forma de dizer nao? E se o nao fosse afirmativo, e apenas a melher s eenagnou e disse nao qd queria dizer sim? sim ou nao? O nao passa a sim, o sim a nao, o talvez á certeza. Ok, estamos a falar de seduçao, certo? ou nao...? «bullshit»

13:58  
Blogger Llyrnion said...

"dizem que as mulheres sao muito complicadas, mas isso nao passa de um mito!"

Possivelmente... se calhar, até foi um mito originado pelos homens... curiosamente, n vejo as mulheres a fazerem mt coisa para o destruir :)

"Os homens, é q acham que qd uma mulher diz nao, quer dizer sim, e q qd diz sim, se calhar queria dizer nao!"

Bem falando por mim, os "sim" q encontrei na vida foram suficientemente claros pa n deixar dúvidas.

Confesso q houve um "não" ao qual fiz um double-check. My mistake, q percebi mal as razões.

Os "talvez" e os "nim"... deixo-os para os outros.

"Ok, estamos a falar de seduçao, certo? ou nao...?"

Se eu tivesse pachorra pa descobrir, talvez tivesse um opinião diferente do assunto :)

"«bullshit»"

Ah, Bem me parecia q estávamos de acordo :)

:*

14:21  
Blogger Joana Carneiro said...

Eu sou muito descomplicada! Qd quero digo sim, qd n quero digo nao. Mas tenho deslexia, e as vezes quem ouve pensa q disse nao, mas pq me enganei e queria dizer sim. E qd digo nao, voltam atras para confirmar!! E depois quem percebe mal sou eu!! :P

14:27  
Blogger Llyrnion said...

Pois olha, eu pa perceber o teu comment, tive q reler pelo menos umas 4 vezes :D

Continuo a dizer q está nas mãos das mulheres destruir o mito.

Até lá, ele continuará vivo e de boa saúde, excepções notwithstanding.

14:36  
Blogger Joana Carneiro said...

vez? :( ninguem entende esta pobre cabeça de ovo :(

14:37  
Blogger Llyrnion said...

Então, n digas isso...

Levou tempo, mas consegui perceber... e nem disse q a culpa era tua, nem nd :D

14:40  
Blogger Joana Carneiro said...

ja pus o azeite na frigideira, agora vou-me suicidar saltando la para dentro!!! adeus mundo cruel!! Ola omeleta :P

14:41  
Blogger Llyrnion said...

LOL!

Achas q é caso pa tanto?

Se estás mesmo decidida, pq não um ovo cozido? Sempre é mais saudável...

Mas olha q se pensares bem, n vale a pena. É preferível esperares mais um pouco... até pq, eventualmente, terás asas pa voar, e isso é do melhor q há.

A n ser q... n és um ovo de avestruz, pois n? Ou, pior ainda, de crocodilo??? :D

:*

14:46  
Blogger Joana Carneiro said...

sou ovo sem casca, de patinho amarelo :P



Sou saudavel, quando o predador é bom, sn, auto-enveneno-me :P

14:51  
Blogger Llyrnion said...

Pronto, vês? Um dia voarás. Esquece lá a frigideira :)

Essa do auto-envenenamento é q n sei. Enfim, desde q o único a apanhar a indigestão seja o predador...

15:07  
Blogger Joana Carneiro said...

claro!! Sou justa! So enveneno quem nao gosto! :P

Voar nao sei, passo a vida aos tombos! Sou pata sem asa :P

15:14  
Blogger Llyrnion said...

Fair enough :)

Se passas a vida aos tombos, é sinal q te lanças em vôo, q é o mais importante. De resto, acho q somos tds um pouco assim - tentamos transformar quedas em vôos planados.

Hum... um dia tenho q fazer um post com o texto onde escrevi isto.

Anyway...

Qd um dia deres por ti no chão, com medo de voar... aí é q deves ficar preocupada.

15:20  
Blogger Joana Carneiro said...

sou dura na queda.... tenho casca rija... magouo-me, mas tao depressao caio como me levanto! Medo de voar? NUNCA!

15:25  
Blogger inBluesY said...

a vida não é complicada, não a compliquem, e quem diz vida diz tudo mais mulheres homens incluidos amor amizade sexo., agora que concordo (como vocês) que seduz que é um jogo simpático.

1 BJ*

19:56  
Blogger Llyrnion said...

Hallo, Blue :)

Sim, um jg é. Simpático... talvez...

:*

09:04  
Blogger Sea said...

whatever...

10:51  
Blogger segurademim said...

... o que uma pessoa aprende!!!!
ou revê a matéria dada????

ahahahah

hilariante... gostei das australopitecas

ganda pinta, pinnnnnta, óptimo bullshit

11:09  
Blogger Patrícia said...

Amigo Llyrnion, tenho de te agradecer pela gargalhada. Adorei o post! :D Uso muito a palavra "bullshit", assim, em inglês, porque, de facto, tem uma força que "tretas" não tem.

Gosto de seduzir e de ser seduzida, sem dúvida, mas sem dissimulações nem simulações. Se quero, quero, e faço questão de passar essa ideia ao seduzido, se não quero, não o dou a entender. Tal como as mulheres da tua vida, sempre fui decidida. Se achasse que não haveria feedback nenhum, não iniciava o processo. Se houvesse alguma hipótese, tinha de tentar. E também cheguei a plantar um beijo nuns lábios ultra-surpreendidos. :D Ele passou a ser meu namorado a partir desse dia. ;) A história é já muito antiga, mas não deixa de ser minha. :)

Eu cá tenho um sério problema com gajos que não aceitam um "não". Estou farta de pessoas assim. E deixo bem claro que quando digo "não", quero mesmo dizer "não" (o que não é suficiente para quem quer levar a sua avante sem olhar a meios). Pelo menos posso ficar descansada com a maioria das pessoas. Sou de tal modo transparente que dificilmente sou mal-interpretada.

Estou contigo, Llyrnion. Se sim, sim, se não, não. O que não impede, de modo nenhum, de entrar em jogos de sedução (SEM dissimulação).

Beijos (e continua a fazer-me rir! ;D)

18:03  
Blogger Joana Carneiro said...

hj aconteceu-me uma coisa q me fez lembrar o q disse aqui ontem, sobre ser uma pata sem asas!
Pois é... tentei voar dumas escadas, bem esbracejei, dei ao rabinho, mas estatelei-me! Cai com tudo!

Acho q hj devia assinar o meu comentario como

Cabeça_d'Ovo_estatelado!!

18:37  
Blogger Llyrnion said...

Bigado, Segura :)

Eu já prendi q estou sempre a aprender. E q por vezes, a matéria dada, tem q ser n apenas revista, mas tb aumentada... e, às vezes, eliminada.

:*

22:55  
Blogger Llyrnion said...

Hallo, Patrícia.

N tens nd q agradecer :)

A tua história (e as minhas) lembram-me uma cena do Coupling (+/-, pq é de memória, e n estou com pachorra para ir agora ver o DVD):

Steve (to Susan and Sally): It's not scientifically possible for men to know what women want. And you always know what we want.
Patrick: Yes, because we have the decency of only wanting one thing.
Steve: Yes. And do you ever thanks us for making your lives so simple?

:D

Don't ever change, amiga. Qt a fazer rir, enfim... I aim to please; sometimes, I miss. Fortunately, there's always tomorrow :)

:*

23:04  
Blogger Llyrnion said...

Hallo, Ovo.

Bummer :(

Olha, está um post pa ti, no Serei Breve (se nunca lá foste, tens o link no index do Bon Coeur). Chama-se "Bater As Asas".

Um :* e um [] para uma rápida recuperação, e para que o Céu seja novamente o teu limite.

23:09  
Blogger Joana Carneiro said...

segui a tua sugestao. Adoro poesia, e adorei o poema.

Mas... a minha falta de asas e a minha aterragem forçada, n foi metaforia. Foi fisica mesmo! Dei um bate rabo escadas abaixo!! :P

00:13  
Blogger Llyrnion said...

Ah, bom... isso é outra coisa...

Bem, mantenho o poema (bigado, fico feliz por teres gostado :) ), o desejo de recuperação rápida, e o abraço.

O beijo... bem, uma vez q foi um "bate-rabo", é capaz de ser demasiado íntimo, e n quero ficar com fama de andar pa aí a assediar moças lesionadas, com beijos em locais considerados menos próprios ;D

Agora a sério, espero q n tenha sido nd de grave.

00:22  
Blogger Llyrnion said...

Epa, antes que me esqueça - o "estatelado" ficou óptimo.

A primeira vez q li, pareceu-me "estrelado" :)

00:32  
Blogger A said...

Adorei ese Bullshit.

Como fiquei exausta no último comentário, este será bastante mas curto, até porque o tema assim oexige. Eu diria mesmo, o permite.

Sou extremamente directa; não sou de jogos. Tenho medos, muitos muitos muitos e lido mal com a rejeição, muito mal... acho qeé sempre por não ter as tais papas na língua, e por demonstrar demasiado aquilo que sou, até porque sou sempre muito mais outras coisas do que apenas aquilo que demonstro. O tempo é sempre um aliado e vivemos num mundo de next's, se é que me entendes... as gajas boas e giras passam-me sempre à frente e eu gosto de tempo.

Gajos que não aceitam um não... a negação da negação... bolas, Llyrnion... essa porra deu-me um nó na cabeça.

Gosto de sim's.
Gosto de não's.
Gosto de simplicidade.

Beijos grandes

01:11  
Blogger Llyrnion said...

Hallo, A :)

Bigado :)

Tds temos medos. Qd, há algum tempo, falaste nas "borboletas", n me apercebi do q estavas a falar. Mas sim, td os estômagos têm um conjunto de borboletas q estão lá, pousadas, mt bem descansadinhas, à espera de algo q as vai lançar em num vôo desenfreado.

O mundo de next's... n me diz gd coisa, sabes? Tal cm disse na resposta ao outro post, I'm usually geared on pianissimo. Sei q, se quisesse, poderia entrar no jg - só tinha q arranjar uma forma de embelezar a embalagem, q acaba por ser o q mais importa, pelo impacto inicial q tem.

Só q it's not in me. Já o tentei uma ou duas vezes. Cm me disse uma amiga na altura "Topa-se a léguas q estás a tentar forçar algo em ti, q n estás a ser natural". N vale a pena.

Felizmente, o mundo é um pote de diversidade, e há gente suficiente naquele middle ground entre as q "vivem para o next" e as q "vivem para o príncipe encantado".

"Gajos que não aceitam um não... a negação da negação... bolas, Llyrnion... essa porra deu-me um nó na cabeça."

Acredito :) Mas, tal cm perguntei acima, se é um mito, se nenhuma mulher é assim, então de onde nasceu e - mais importante ainda - pq se mantém?

Afinal, temos um outro mito, imediatamente adjacente, q é o "playing hard to get"; q tb ainda não desapareceu. Mts vezes justificado com a opinião (e esta n é mito, pq já a ouvi live) de q "os homens n gostam de mulheres q n dêm luta".

Um :* & um [] gd, amiga :)

11:03  
Blogger homempasmado said...

Oi L,

Gostei do comentário da Lisa.
Também me parece que as mulheres ao se fazerem difíceis, testam a capacidade do homem em “lutar” pelo que quer!

Resquícios de uma sociedade em o macho era o provider?

--

Encaro o jogo da sedução como um preliminar à tal resposta: sim ou não!
Mas eu sou gajo, e tu sabes… men are easy!

Eheheheheheh!

23:57  
Blogger Llyrnion said...

Hallo, HP.

«Também me parece que as mulheres ao se fazerem difíceis, testam a capacidade do homem em “lutar” pelo que quer!»

Td bem. Se a mulher acha q isso é uma característica desejável num homem, acho mt bem q a teste.

Espero é q ela ache q isso é uma característica indispensável num homem, pq corre o risco de, ao testar essa. não ter oportunidade de testar mais nenhuma.

"Mas eu sou gajo, e tu sabes… men are easy!"

Falando por mim, já tive + a certeza disso do q a q tenho hj :)

10:39  
Blogger homempasmado said...

Epá, não sejas mauzinho…
:-)

De qualquer modo, se observarmos alguma bicharada, verificamos que o nosso comportamento no acto de cortejar de acasalar e de manter a família, tem aí algum paralelo. Apesar de eu pensar que a educação pode ultrapassar isso, parece que actualmente, ainda continua a reforçar.

O macho ainda continua a pensar que deve ser o homem da casa e a fêmea ainda continua a querer um gajo bem posto na vida!

Falamos de generalidades, é claro!
Também penso que está a mudar… felizmente. :-)

--

“…Falando por mim, já tive + a certeza disso do q a q tenho hj :) …”

É verdade, os homens até já andam a aprender a dizer que não!
Ahahahahahah!

07:43  
Blogger Llyrnion said...

Epa, isso sempre foi uma coisa q achei curiosa, a história da biologia.

Sabes, aquela história de encontrar explicações científicas para o facto de os homens preferirem as louras; ou o que torna uma mulher atraente, procurando depois estabelecer uma relação entre as mulheres consideradas atraentes e o seu potencial de fertilidade...

Enfim, há q passar o tempo a estudar qq coisa, certo?

15:57  
Blogger homempasmado said...

Não percebi se levas a “coisa” da biologia a sério, ou estás a gozar!

22:30  
Blogger Llyrnion said...

Admito q n levo mt a sério essa coisa da biologia.

Se calhar estou errado, mas tenho sérias dúvidas q o q me leva a considerar uma mulher atraente seja uma qq pista q o meu sub-consciente interpreta cm "Epa, esta gaja vale a pena pq é fértil até dizer chega! Bute fazer uma equipa de futebol!!! O q digo??? Uma equipa??? Não!!! Um clube inteiro!!!" :)

18:23  
Blogger homempasmado said...

“…Admito q n levo mt a sério essa coisa da biologia. …”

- Mas devias… sem exageros.
;-)

--
“… mas tenho sérias dúvidas…”
- Estás a caricaturar a coisa!
É uma falácia, pá, até tem nome. Acho que é a do espantalho!
Eheheheheheheh!
Existe uma catrefada de falácias com nomes e tudo!
:-))

07:41  
Blogger Llyrnion said...

Sim, é óbvio q estou a caricaturar a coisa. N lhe dou mérito suficiente pa me dar ao trabalho de desenvolver argumentos válidos pa a contrariar.

Vejo tantas mulheres q considero atraentes, tão diferentes umas das outras... enfim, continuo a achar q a biologia n terá mt a ver com isso. Talvez um alguém me demonstre claramente q estou errado :)

Um abraço.

18:09  
Blogger homempasmado said...

E porque é que não lhe dás mérito suficiente? Já deves ter pensado no assunto!
:-)

--

“…Vejo tantas mulheres q considero atraentes, tão diferentes umas das outras... enfim, continuo a achar q a biologia n terá mt a ver com isso. …”

- Que sentido faria, do ponto de vista procriativo, sentires-te atraído por um único tipo de mulher?

A natureza pratica a variedade!
;-)

--

Por outro lado, o instinto reprodutor é uma das nossas muitas pulsões. A educação cria em nós outros instintos, os quais podem contrariar (e contrariam) os nossos instintos naturais!

Isto é a resposta ao porquê de tu não andares já agarrado a uma resma de pequenos e pequenas llyrnions!
Ahahahahahahah!

21:43  

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