Aqui... Serei Feliz?
O post de hoje é inspirado neste texto. Obrigado, A :)
É igualmente inspirado por uma conversa sobre publicidade, que tive com uma pessoa que conheci numa festa de aniversário, na semana passada, e que trabalha no sector.
Para que serve a publicidade? Supostamente, para criar num público-alvo o desejo de comprar um produto/serviço (P/S); ou, pelo menos, para criar nesse público-alvo a consciência que esse P/S existe. Reparem na importância do público-alvo. O facto de vermos publicidade que consideramos completamente idiota surge daí - não somos nós o público-alvo dos mesmos. Bem, muitas vezes, até somos, mas isso já é outra questão :)
A publicidade tem uma constante - a felicidade... total e completa. Seja qual for P/S anunciado, irá resolver todos os nossos problemas, tornar-nos mais confiantes, mais seguros, mais atraentes aos olhos do sexo oposto, ou do próprio sexo, ou até de ambos, conforme a (des)orientação de cada um :)
Nos Bons Velhos Tempos(TM), o enfoque estava no P/S. A promessa de felicidade estava lá, mas o importante era o P/S. Este havia sido criado para abordar um determinado problema, e nós seríamos felizes ao utilizá-lo nesse sentido. A coisa funcionava, até porque ser feliz não era assim tão complicado. Citando os Queensryche:
"Work hard in life boy
There's paradise in the end
Year after year we struggle to gain
The happiness our parents never claimed
They told us all we had to do
Was do what we're told
Buy what was sold,
Invest in gold
And never get old" (Queensryche - "One More Time")
Nos Tempos Modernos(TM), a história é outra. Somos mais exigentes. Já não acreditamos que uma camisa que mantém um branco puro durante anos nos vá fazer felizes.
Precisamos de outras coisas... p.ex., um telemóvel que faça com que um conjunto de gajas descerebradas salte de um iate para entrar no nosso bote; uns cereais de pequeno-almoço que nos proporcionem toda a energia da refeição mais importante do dia, mas... sem calorias (talvez isto explique o mau humor que muita gente afirma ter de manhã); ah, e claro... uma água que nos faça emagrecer... por muito que nos empanturremos de chili-burgers e batatas fritas (e Grimbergen Dubbel, claro :) ).
E quanto à roupa? Bem, o branco já não chega. Em breve, imagino que teremos detergentes especiais para cada uma das cores, que teremos que dosear, seguindo fórmulas matemáticas complexas, convenientemente representadas num quadrado de plástico onde as donas-de-casa (toda a gente sabe que são apenas elas que lavam a roupa, acompanhadas das suas mães e avós... estas, por sua vez, têm uma atracção quase lasciva pela lixívia) poderão facilmente calcular qual a mistura correcta para lavar o tal bikini rosa-choque às bolinhas verde-alface, popularizado pela antiga canção.
No fundo, continuam a prometer-nos a mesma coisa - a felicidade. Só que agora, o P/S já não tem o enfoque. O papel principal é dado justamente... a nós, os felizes contemplados (nem que seja apenas por nós próprios). À conta dos mantras da filosofia "customer-oriented" (que eu traduzi, de forma modestamente brilhante, como a filosofia "o cliente que se oriente"), o P/S já nem precisa de resolver o problema para o qual foi criado. O importante é que sejamos felizes. Bem, ou que tenhamos um carro que se transforme em robot, claro.
À primeira vista, esta estratégia poderia parecer algo contra-producente. Afinal, a estrela do anúncio deveria ser o P/S, certo? Bzzzzzt! Resposta errada. Os anunciantes perceberam que nós nos estamos a cagar para o P/S. O que nos interessa é a felicidade. Temos que ser felizes. Temos que perseguir a felicidade, a qualquer custo. Porque a vida tem que ser isso - uma sequência interminável e ininterrupta de momentos perfeitos, plenos de felicidade... tal como os segmentos de anúncios na TV.
É esse o Sentido da Vida, que nós, finalmente, descobrimos - temos que correr atrás da felicidade, cegos a tudo o resto. Porque tudo o resto, afinal, é secundário - o sofrimento, os desaires, as frustrações, o sacrifício... bah! De que é que isto importa, quando na realidade a única coisa de que precisamos é de ser felizes?
Estes diazinhos cinzentões que vamos tendo, nesta sequência à qual chamamos vida...? São apenas compassos de espera, enquanto perseguimos a felicidade, que encontraremos um dia destes. Não sabemos bem como, mas sabemos que a encontraremos. Desculpa...? Não ouvi, podes repetir? Ah, como é que vamos saber, quando a encontrarmos? Epa, é simples, é... é... bem, quero dizer, ...
Ou talvez não queira... ou não saiba...
Tal como toda a gente, procuro a felicidade. Tenho dias em que gostava que a minha vida fosse diferente, com aquele tal je ne sais quois, que - justamente por não saber o que é - me faz sentir tão inadequado. Em tempos, estes dias eram o meu dia-a-dia. Hoje em dia, felizmente, são raríssimos.
Porque aprendi, entre outras coisas, que esta felicidade baseada num suposto "realizar o potencial máximo de perfeição que cada momento tem para me oferecer" (aka, "viver a vida ao máximo") não é para mim. Não preciso de disfarçar ou apagar o cinzento da minha vida.
Até porque isso é inútil, porque a vida é, maioritariamente, o cinzento. Como disse George Orwell: "Most people get a fair amount of fun out of their lives, but on balance life is suffering, and only the very young or the very foolish imagine otherwise". Por mim, subscrevo sem reservas.
O meu cinzento é importantíssimo. Não me quero livrar dele nunca. Não acredito na vida sem cinzento, que creio existir apenas num conjunto de revistas, livros, filmes, novelas, etc, que tentam, de forma quase desesperada, levar as pessoas a esquecer a existência desta cor tão importante; ou, por outras palavras, afastar as pessoas da realidade, "protegendo-as" com um escudo cor-de-rosa.
Eu quero o meu sofrimento, as minhas frustrações, os meus vícios e defeitos, que tenho que combater diariamente, a minha rotina, que é minha, e que eu tenho que apreciar, pois é uma das melhores coisas que a vida me dá - sem a rotina, eu não teria como dar o verdadeiro valor àquilo que a quebra. É por tudo isto - o bom e o mau - que vivo.
Aprendi que não preciso de ir desvairar ao weekend para me esquecer da existência cinzenta do dia-a-dia semanal, porque... o meu dia-a-dia semanal tem, felizmente, outras cores, que se entrelaçam no cinzento, sem nunca o obliterarem.
Porque o meu dia-a-dia semanal tem almoços que são almoços, durem meia-hora ou duas horas e meia. E isto acontece porque tenho a sorte de ter, no meu local de trabalho, amigos, e não apenas colegas. Amigos que me aturam. Amigos que me picam e me provocam. Amigos que discutem comigo e uns com os outros. Amigos que me dizem "Estás a dizer merda" quando acham que estou a dizer merda. Amigos que me inspiram. Amigos que gozam com as minhas "pseudo-desgraças", e que permitem que eu goze com as deles. Sim, a palavra "amigos" inclui-vos também a vocês, as amigas, OK? :)
Porque o meu dia-a-dia semanal tem contactos com outros amigos. Alguns, aqui tão perto, outros nem por isso. Alguns que um dia são quase íntimos e que noutro precisam de erguer barreiras, por algum motivo que não querem - nem têm qualquer obrigação de - confessar. Afinal, também eles procuram o seu equilíbrio.
Porque o meu dia-a-dia semanal é preenchido com tudo aquilo que a vida tem, em doses diferentes, que me obrigam a estar em permanente busca do meu equilíbrio, por muito desequilibrado que este possa parecer aos outros. Porque é aí que encontro a paz.
Se chega? Nem sempre. Às vezes, sinto falta de algo mais, que tem estado ausente da minha vida há já algum tempo. Mas não deixo que isso me cegue, nem que me impeça de aproveitar aquilo que tenho neste momento. Quanto mais não fosse, porque a vida é demasiado incerta para viver no amanhã - hoje estou aqui, vivo e aparentemente são; amanhã...? Sei lá.
Mas uma coisa eu sei - abraço o cinzento, e revejo-me nele, e sei que faz parte de mim. E quando um desses momentos memoráveis se cruza no meu caminho, e eu tenho a imensa felicidade de estar preparado para ele, disfruto-o, dure ele segundos ou anos. E depois, quando ele passa, regresso à minha realidade; sem problemas, sem dramas, sem quem-me-dera-que-a-vida-fosse-sempre-assim... com a saudade, sem qualquer sombra de dúvida... a saudade de um "Que bem se está no campo", ou de um "A tua tigrinha adora-te"... ou até mesmo de um "Acho-te mesmo giro" (eu era jovem, e ela também; além disso, ela tinha graves problemas de visão, coitada... :D ).
Regresso àquilo que sou, hopefully enriquecido por aquilo que fui. Para mim, neste momento, é isto a vida - uma imensa tela cinzenta, onde tenho a felicidade de, por vezes, poder dar umas pinceladas de outra cor, e permitir que outros o façam. É esta a felicidade que procuro.
E, já agora, termino com uma questão completamente tangencial - para que raio serve a campanha publicitária da Santa Casa, que deve ter sido estupidamente cara? Seria de pensar que, com tantas obras para ajudar, eles tivessem mais onde gastar o dinheiro do que numa publicidade faraónica, não?
É igualmente inspirado por uma conversa sobre publicidade, que tive com uma pessoa que conheci numa festa de aniversário, na semana passada, e que trabalha no sector.
Para que serve a publicidade? Supostamente, para criar num público-alvo o desejo de comprar um produto/serviço (P/S); ou, pelo menos, para criar nesse público-alvo a consciência que esse P/S existe. Reparem na importância do público-alvo. O facto de vermos publicidade que consideramos completamente idiota surge daí - não somos nós o público-alvo dos mesmos. Bem, muitas vezes, até somos, mas isso já é outra questão :)
A publicidade tem uma constante - a felicidade... total e completa. Seja qual for P/S anunciado, irá resolver todos os nossos problemas, tornar-nos mais confiantes, mais seguros, mais atraentes aos olhos do sexo oposto, ou do próprio sexo, ou até de ambos, conforme a (des)orientação de cada um :)
Nos Bons Velhos Tempos(TM), o enfoque estava no P/S. A promessa de felicidade estava lá, mas o importante era o P/S. Este havia sido criado para abordar um determinado problema, e nós seríamos felizes ao utilizá-lo nesse sentido. A coisa funcionava, até porque ser feliz não era assim tão complicado. Citando os Queensryche:
"Work hard in life boy
There's paradise in the end
Year after year we struggle to gain
The happiness our parents never claimed
They told us all we had to do
Was do what we're told
Buy what was sold,
Invest in gold
And never get old" (Queensryche - "One More Time")
Nos Tempos Modernos(TM), a história é outra. Somos mais exigentes. Já não acreditamos que uma camisa que mantém um branco puro durante anos nos vá fazer felizes.
Precisamos de outras coisas... p.ex., um telemóvel que faça com que um conjunto de gajas descerebradas salte de um iate para entrar no nosso bote; uns cereais de pequeno-almoço que nos proporcionem toda a energia da refeição mais importante do dia, mas... sem calorias (talvez isto explique o mau humor que muita gente afirma ter de manhã); ah, e claro... uma água que nos faça emagrecer... por muito que nos empanturremos de chili-burgers e batatas fritas (e Grimbergen Dubbel, claro :) ).
E quanto à roupa? Bem, o branco já não chega. Em breve, imagino que teremos detergentes especiais para cada uma das cores, que teremos que dosear, seguindo fórmulas matemáticas complexas, convenientemente representadas num quadrado de plástico onde as donas-de-casa (toda a gente sabe que são apenas elas que lavam a roupa, acompanhadas das suas mães e avós... estas, por sua vez, têm uma atracção quase lasciva pela lixívia) poderão facilmente calcular qual a mistura correcta para lavar o tal bikini rosa-choque às bolinhas verde-alface, popularizado pela antiga canção.
No fundo, continuam a prometer-nos a mesma coisa - a felicidade. Só que agora, o P/S já não tem o enfoque. O papel principal é dado justamente... a nós, os felizes contemplados (nem que seja apenas por nós próprios). À conta dos mantras da filosofia "customer-oriented" (que eu traduzi, de forma modestamente brilhante, como a filosofia "o cliente que se oriente"), o P/S já nem precisa de resolver o problema para o qual foi criado. O importante é que sejamos felizes. Bem, ou que tenhamos um carro que se transforme em robot, claro.
À primeira vista, esta estratégia poderia parecer algo contra-producente. Afinal, a estrela do anúncio deveria ser o P/S, certo? Bzzzzzt! Resposta errada. Os anunciantes perceberam que nós nos estamos a cagar para o P/S. O que nos interessa é a felicidade. Temos que ser felizes. Temos que perseguir a felicidade, a qualquer custo. Porque a vida tem que ser isso - uma sequência interminável e ininterrupta de momentos perfeitos, plenos de felicidade... tal como os segmentos de anúncios na TV.
É esse o Sentido da Vida, que nós, finalmente, descobrimos - temos que correr atrás da felicidade, cegos a tudo o resto. Porque tudo o resto, afinal, é secundário - o sofrimento, os desaires, as frustrações, o sacrifício... bah! De que é que isto importa, quando na realidade a única coisa de que precisamos é de ser felizes?
Estes diazinhos cinzentões que vamos tendo, nesta sequência à qual chamamos vida...? São apenas compassos de espera, enquanto perseguimos a felicidade, que encontraremos um dia destes. Não sabemos bem como, mas sabemos que a encontraremos. Desculpa...? Não ouvi, podes repetir? Ah, como é que vamos saber, quando a encontrarmos? Epa, é simples, é... é... bem, quero dizer, ...
Ou talvez não queira... ou não saiba...
Tal como toda a gente, procuro a felicidade. Tenho dias em que gostava que a minha vida fosse diferente, com aquele tal je ne sais quois, que - justamente por não saber o que é - me faz sentir tão inadequado. Em tempos, estes dias eram o meu dia-a-dia. Hoje em dia, felizmente, são raríssimos.
Porque aprendi, entre outras coisas, que esta felicidade baseada num suposto "realizar o potencial máximo de perfeição que cada momento tem para me oferecer" (aka, "viver a vida ao máximo") não é para mim. Não preciso de disfarçar ou apagar o cinzento da minha vida.
Até porque isso é inútil, porque a vida é, maioritariamente, o cinzento. Como disse George Orwell: "Most people get a fair amount of fun out of their lives, but on balance life is suffering, and only the very young or the very foolish imagine otherwise". Por mim, subscrevo sem reservas.
O meu cinzento é importantíssimo. Não me quero livrar dele nunca. Não acredito na vida sem cinzento, que creio existir apenas num conjunto de revistas, livros, filmes, novelas, etc, que tentam, de forma quase desesperada, levar as pessoas a esquecer a existência desta cor tão importante; ou, por outras palavras, afastar as pessoas da realidade, "protegendo-as" com um escudo cor-de-rosa.
Eu quero o meu sofrimento, as minhas frustrações, os meus vícios e defeitos, que tenho que combater diariamente, a minha rotina, que é minha, e que eu tenho que apreciar, pois é uma das melhores coisas que a vida me dá - sem a rotina, eu não teria como dar o verdadeiro valor àquilo que a quebra. É por tudo isto - o bom e o mau - que vivo.
Aprendi que não preciso de ir desvairar ao weekend para me esquecer da existência cinzenta do dia-a-dia semanal, porque... o meu dia-a-dia semanal tem, felizmente, outras cores, que se entrelaçam no cinzento, sem nunca o obliterarem.
Porque o meu dia-a-dia semanal tem almoços que são almoços, durem meia-hora ou duas horas e meia. E isto acontece porque tenho a sorte de ter, no meu local de trabalho, amigos, e não apenas colegas. Amigos que me aturam. Amigos que me picam e me provocam. Amigos que discutem comigo e uns com os outros. Amigos que me dizem "Estás a dizer merda" quando acham que estou a dizer merda. Amigos que me inspiram. Amigos que gozam com as minhas "pseudo-desgraças", e que permitem que eu goze com as deles. Sim, a palavra "amigos" inclui-vos também a vocês, as amigas, OK? :)
Porque o meu dia-a-dia semanal tem contactos com outros amigos. Alguns, aqui tão perto, outros nem por isso. Alguns que um dia são quase íntimos e que noutro precisam de erguer barreiras, por algum motivo que não querem - nem têm qualquer obrigação de - confessar. Afinal, também eles procuram o seu equilíbrio.
Porque o meu dia-a-dia semanal é preenchido com tudo aquilo que a vida tem, em doses diferentes, que me obrigam a estar em permanente busca do meu equilíbrio, por muito desequilibrado que este possa parecer aos outros. Porque é aí que encontro a paz.
Se chega? Nem sempre. Às vezes, sinto falta de algo mais, que tem estado ausente da minha vida há já algum tempo. Mas não deixo que isso me cegue, nem que me impeça de aproveitar aquilo que tenho neste momento. Quanto mais não fosse, porque a vida é demasiado incerta para viver no amanhã - hoje estou aqui, vivo e aparentemente são; amanhã...? Sei lá.
Mas uma coisa eu sei - abraço o cinzento, e revejo-me nele, e sei que faz parte de mim. E quando um desses momentos memoráveis se cruza no meu caminho, e eu tenho a imensa felicidade de estar preparado para ele, disfruto-o, dure ele segundos ou anos. E depois, quando ele passa, regresso à minha realidade; sem problemas, sem dramas, sem quem-me-dera-que-a-vida-fosse-sempre-assim... com a saudade, sem qualquer sombra de dúvida... a saudade de um "Que bem se está no campo", ou de um "A tua tigrinha adora-te"... ou até mesmo de um "Acho-te mesmo giro" (eu era jovem, e ela também; além disso, ela tinha graves problemas de visão, coitada... :D ).
Regresso àquilo que sou, hopefully enriquecido por aquilo que fui. Para mim, neste momento, é isto a vida - uma imensa tela cinzenta, onde tenho a felicidade de, por vezes, poder dar umas pinceladas de outra cor, e permitir que outros o façam. É esta a felicidade que procuro.
E, já agora, termino com uma questão completamente tangencial - para que raio serve a campanha publicitária da Santa Casa, que deve ter sido estupidamente cara? Seria de pensar que, com tantas obras para ajudar, eles tivessem mais onde gastar o dinheiro do que numa publicidade faraónica, não?
36 Comments:
adorei este post, e tenho mt a dizer, mas confeço que ja nao atino com os dedos nas teclas. Por isso, so digo uma coisa:
amarelas! As bolinhas do bikini da cançao eram amarelas!
Mania de criticar tudo o que se faz.
Hallo, Ovo :)
Espero q estejas mais descansada, agora. Relax. Take your time.
N conto ir-me embora anytime soon, portanto... :)
Hallo, Sea :)
Sim, já há mt tempo q ouço dizer "Everyone's a critic". E eu sou assim a modos q mt... everyone :)
:*
Cada vez mais lamento morar tão longe de ti, amigo, e não me envergonho nada de o dizer. És genial. :) E tenho muuuuuuuiiiiiiiiito para aprender contigo.
Beijo (sorridente graças ao post :D )
llyrnion,
infelizmente hj tb n vou a lado nenhum... espera-me uma noite frente ao pc... a olhar p o vazio...sozinha...abandonada....
Hallo, amiga :)
Isso é uma das coisas boas q tu tens - n te envergonhares do q dizes, do q és. É algo q tb tenho q aprender.
:*
Etnão, Ovo. Ké pasa?
É Friday Night. Eu estou aqui pq n sou fã da night. E tu, qual é a tua desculpa? Ainda estás adoentada?
:*
a minha desculpa é ser boa samaritana e estar a fazer um trabalho para uma amiga. Ela é q acaba o curso, mas eu é q escrevo a monografia!!
Sou ou nao sou amiguinha??? :P
Ah, então n estás sozinha... tens um calorzinho na alma a fazer-te companhia.
És amiguinha, sim. E mereces uma recompensa. What would you like?
Acho que agora podes bem levar com um testamento que acho que nem te vais importar muito...
:)
Vida cinzenta? Viver ao máximo?
Eu escrevi isso onde? Não deve ter sido no Psicologias da Treta...
Sábados à noite??? Dias de semana?
Em que ficas? Persegues a tua felicidade e acreditas nela ou achas que a vida é um marasmo? Penso que o teu texto está demasiado confuso e demenosiado inspirado no meu, desculpa, porque não é nada disso que se trata.
Mesmo.
Talvez vivas as coisas duma outra forma que os outros não vivem, mas isso acontece a todos, não???? E andam todos a dizer o mesmo, no fundo.
Existe aqui uma diferença fundamental: é que viver os cinzentos é também viver a mil, as frustrações, os medos e o resto que compõe a parte menos simpática é também viver com mais intensidade. E todos passamos por isso.
Reservo-me o direito de guardar esses momentos na minha solidão e no meu círculo restrito que passa também pelos tais muito poucos, mas como qualquer pessoa que gosta de pessoas e de absorver o máximo que os olhos abraçam, não sou de contrariar a parte enorme de desejo, de alegria, de amizade e de descoberta... quiçá por isso me sinta tão preenchida... tanto em sábados como em segundas de manhã.
O meu dia preferido desta semana foi mesmo a 4ª feira, by the way...
Vai lá ler a Mistura de todas as Coisas... porque depois de ler este post acho que não é nada disto... pelo menos não será a contra-resposta ideal. Digo eu.
Como diria o Kam'rada... amigos, tal como os inimigos, querem-se poucos, pois esses são dignos do nosso respeito. O resto são vermes... ou breves momentos.
Beijos
p.s.: se vires por aí um anónimo a mandar fumar ganzas, diz-lhe que isso vai dar uma ganda BOLTA... à Amadora.. lol
n des corda a minha casquinha d 'ovo.... n imaginas os apetites q as vezes tenho :PP
Hallo, A. Testamento com testamento se paga, e assim... :)
Talvez tenha sido uma infeliz escolha de palavras...
É q "Inspirado", pa mim, n siginfica necessariamente "contra-resposta". "Inspirado" significa simplesmente "li o teu, e saiu-me isto".
Houve expressões no teu texto q me levaram a pensar. Qd dei por mim, já tinha um conjunto de pensamentos. No meio disso, lembrei-me da tal outra conversa q tinha tido, pq alguns desses pensamentos ocorreram-me igualmente nessa altura.
Epa, as simples as that. Possivelmente, parece-te confuso pq estás a tentar lê-lo cm um comentário ao teu. N o faças, pls.
Qd mt, aquilo q nos poderá separar é o facto de tu olhares para um conjunto de sintomas e identificá-los cm "falta de apetite a esse manjar chamado vida"; e eu n ter assim tanta certeza.
"Em que ficas? Persegues a tua felicidade e acreditas nela ou achas que a vida é um marasmo?"
A minha vida é a minha rotina... "marasmo" é um bocado forte, mas tb n me chateia nd se lhe quiseres chamar isso. Essa rotina é a âncora q me prende à realidade. É a referência q tenho pa, qd mergulho em algo q me pode afastar dela, saber onde estou, e se me interessa ou n ir mais além.
Houve 5 momentos na minha vida em q a minha rotina mudou, a ponto de, qd regressei, estar irreconhecível: A primeira namorada, a tropa, o primeiro emprego, a primeira paixão arrebatadora e depressiva, e a primeira relação estável.
Houve outros momentos q me marcaram, pa além destes, mas n foram, por si só, earth-shattering. Regressei à minha realidade q estava ali, à minha espera, pretty much tal cm a tinha deixado.
"E andam todos a dizer o mesmo, no fundo."
Sim, tb já há mt q penso nisso. Andamos, realmente, tds a dizer o mesmo. E essa é, talvez, a coisa q me mete mais confusão. Se andamos tds a dizer o mesmo, pq é q é tão difícil entendermo-nos?
Repara q, se algum dia conseguires quebrar a barreira de mts dessas pessoas q vês sem apetite pa o tal manjar, vais chegar á conclusão q tb elas "dizem o mesmo".
"é que viver os cinzentos é também viver a mil"
Pois... no meu caso, n. O meu cinzento é vivido com o máximo de paz, calma e serenidade q consigo ter (q, às vezes, é mt pouco :) ). Contemplo-o, e contemplo as cores q o atravessam. E, às vezes, alguém desenha algo q me atrai. E eu vou lá e acrescento algo a esse desenho. E depois, a outra pessoa vai lá e pode n achar piada, e deixar ficar por ali... ou n, e pode desenhar algo mais. Até q o cinzento começa a ficar cd vez com menos espaço, pq há algo q está a crescer ali, com outras cores.
O meu cinzento é mt calminho. E td aquilo q se pintou nele até hj, teve sempre um início suave, suave, pianissimo... depois... bem, depois tive que rezar, pq nem sempre tive tempo de colocar o cinto de segurança :)
"amigos, tal como os inimigos, querem-se poucos, pois esses são dignos do nosso respeito. O resto são vermes"
De facto, n divido as coisas assim. Há amigos, há inimigos, e há os outros. Dos outros, há os vermes, mas há mt, mt mais pa além disso. Às vezes, apetece-me descobrir, outras vezes, nem por isso. Mas, cm tds as danças, tb esta é a dois - às vezes, a esses "outros", apetece-lhes darem-se a descobrir, às vezes, nem por isso.
E depois, temos a tal opção estranha - às vezes, estamos a dizer a mesma coisa... e n nos entendemos.
Um gd :*
PS: Epa, ganzas, já lá vão... deixá-las ir. Nem td o q está no passado longínquo me faz suspirar de saudade.
Hallo, Ovo :)
OK. Quem me avisa, meu amigo é, e assim... aviso registado :)
Se bem q, a n ser q sejas alguém realmente fora do normal, tenho sérias dúvidas q tenhas apetites mais estranhos q os meus.
Espero q o trabalho tenha corrido bem.
:*
... eu hoje estou virada para o capital, meti o filtro e filtrei o teu texto pelo capital social de cada um!!!! - os amigos, os contactos, os colegas, os vizinhos, os parentes, os tios, as tias, os padrinhos...
deve ter sido isso que aconteceu com o tal anúncio, os rapazes abriram a agenda e lá estava o tio da misericórdia
by the way - aqui... serei feliz?
estou viva... de saúde... livre de rockets...
venha então toda a paleta de cores, do branco ao negro... por enquanto, some days I'm in blue
Hallo, Segura :)
"deve ter sido isso que aconteceu com o tal anúncio, os rapazes abriram a agenda e lá estava o tio da misericórdia"
Ah... deve ser aquele a quem nos referimos, qd andamos "Ó tio, ó tio"... :)
"by the way - aqui... serei feliz?"
Epa, n sei. N vj pq n, mas prognósticos... só no fim do jg :D
Só te posso dizer uma coisa - aqui... estás mais q à vontade pa te pronunciares qd n estiveres feliz.
"venha então toda a paleta de cores, do branco ao negro... por enquanto, some days I'm in blue"
Olha, uma vez encontrei esta citação: "Ten rules for getting rid of the blues: Go out and do something for someone else - repeat it nine times", portanto...
Senão, just enjoy the blues... n é td a gente q consegue.
:*
Gostei sobretudo da parte das lixivias. :)
llyrion, nao substimes a capacidade de pensar duma loira inconformada! :p
Hallo, Skin.
Olha, deste-me uma ideia pa a descrição deste blog - a lil' bit'a something for everyone :D
:*
Hallo, Ovo.
Epa, apesar de curtir mt do q faz o Gabriel, o "Lôraburra" passou-me ao lado. Até pq uma das minhas melhores amigas é loura, e de burra n tem nd.
Don't worry, be happy :)
:*
Pois... lá sabes se queres ser como everyone..
eu cá critico, mas apenas o que me diz respeito, quando não me atinge particularmente, quero lá bem é saber.
nem eu tenho nd de burra! Pelo contrario :P ng acredita q sou é loira :P lol
Hallo, Sea.
Sim, cd um é cm cd qual. Felizmente, nunca precisei da SCM, e dever-me-ia ser +/- indiferente onde eles gastam o dinheiro.
No entanto, eu sei q eles rejeitam ajuda a pessoas, por faltas de verbas. É perfeitamente normal, há q racionalizar as despesas.
Simplesmente acho imoral (to say the least) q o façam, e depois torrem dinheiro numa campanha destas.
Está excelente, a campanha. Aliás, é a opinião geral, e eu partilho-a. Os meus parabéns a quem a fez, pq está de facto mt bem conseguida. Suponho q n fará gd coisa pa aquecer a alma a umas largas dezenas de idosos a quem foi negada uma ajuda financeira para poderem pagar um lar em condições, mas isso já será outra história... menos bem conseguida.
Hallo, Ovo.
Nem eu disse nd disso. Tu é q estavas a assumir q eu estava a subestimar-te. Well, you couldn't be further from the truth.
Estás então a dizer q o pessoal pergunta-te pq é q pintas o cabelo? :)
Faz-me lembrar uma boa do Benny Hill (sim, q ele tb tem algumas), em q o engatatão chega ao pé da brasa loura, e dispara a sua frase de sedução: "Adorei esse seu cabelo, esse louro tão natural, mas tenho q lhe perguntar - pq pinta as raízes de preto?" :D
lolol eu gostava do benny hill :) mas n pinto as raizes de loiro, elas sao loiras ;)
Qd era mais jovem inconssiente, adorava o BH.
Depois, um dia vi Monty Python, e pronto... nd a fazer...
Apesar de já n curtir tanto, reconheço q o BH tem momentos de génio, e ainda me parto a rir com algumas coisas dele. Mas se tivesse q nomear o meu British Top 3, seria Monty Python, Blackadder e Coupling.
e o allo allo??????
O "Allo Allo" está lg a seguir, com o "Goodness Gracious Me".
Depois, afastamo-nos dos British, e aparecem "Os Normais". e a "Comédia da Vida Privada", duas séries cómicas brasilerias do melhor q há. Lg seguidas do "Casseta & Planeta" (programa estúpido q nem uma porta, mas com momentos de génio) e do "Sai de Baixo" (o facto de ser ao vivo dava-lhe um outro encanto)
Depois, aparecem as sitcoms americanas, Qd era mais novo adorava-as, mas agora fartam-me um bocado. As q vejo com prazer são o "Family Ties" e o "All In The Family".
Goodness Gracious Me".
desta n m elembro... :S
com as outras concordo! Assino por baixo e reconheço a assinatura :P
Era uma séria da BBC feita por indianos, em português chamava-se "Valha-me Deus". Sempre adorei a forma cm eles gozavam com td - com os indianos q abandonavam as suas raízes e queriam ser ingleses; com os indianos q se agarravam às suas raízes e rejeitavam td o q era inglês; com os estereótipos q os ingleses tinham sobre os indianos.
Uma excelente série. Eles aproveitaram de forma brilhante o facto de serem indianos, o q lhes permitiu gozarem com eles próprios sem qualquer tipo de problemas.
acho q n é do «meu tempo» :(
Achas?
É de finais de 90: http://en.wikipedia.org/wiki/
Goodness_Gracious_Me
(parti o URL pa o poderes ver por completo aqui nos comentários)
estranho... essas series n costumam «passar-me» ao lado.... mas esta correu a minha frente
Sim, até pq n é uma série fácil de confundir.
Eu comprei um pack com as duas primeiras séries na FNAC. Experimenta procurar lá.
a tropa? caramba.
desenquadra-se dos restantes 4 momentos...
ou foi aí que encontraste a primeira relação estável ou primeira paixão depressiva? =)
;)
Hallo, Geno.
N. Qd estive na tropa, ainda n havia gajas :)
Estive 18 meses na Marinha, 14 dos quais a trabalhar por turnos (24 horas de serviço, 48 em casa). Qd fui para a tropa era um estudante. terminei o 12º ano na tropa, e qd saí fui à procura do 1º emprego. A maioria do pessoal com quem me dava arranjou emprego tb nessa altura. Foi um dos períodos de viragem.
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