Globalização da Saúde & Comunismo, o Melhor Amigo do Capitalismo
Data Original: 2006-05-04
A semana passada vi, no programa "60 Minutos", uma componente da globalização que desconhecia - a globalização da Saúde. O programa focou dois casos, o tailandês e o indiano. Não sei se há mais.
Em ambos os casos, a história era idêntica - grandes hospitais privados, de luxo. que mais pareciam hotéis (tipicamente, com galerias comerciais no piso 0, quartos com jacuzzi, hidromassagem, etc). E para quê? Para apanhar clientes estrangeiros. Mais claramente, o objectivo é roubar clientes aos hospitais americanos e europeus. Um dos que falaram é o hospital Apollo, na India.
Obviamente, ninguém pretende atingir esse objectivo à custa de galerias comerciais e jacuzzis. A forma de "captar" o cliente estrangeiro vai ser a mesma de sempre - o preço.
Falaram, p.ex., na história de um americano que teve um enfarte. O médico disse-lhe que precisava de um bypass quíntuplo. A operação custava +/- 100,000 USD nos USA. Na Tailândia custou 12,000 USD. Yep. +/- 1/10. Tendo em conta que o homem não tinha seguro de saúde, não tinha como pagar a operação e tinha pela frente uma morte certa, não deixou de ser um óptimo negócio, não acham?
E, perguntam vocês, como é que os rapazes conseguem essa diferença de preços? Através de técnicas inovadoras de gestão, eliminação de desperdício, métodos de empowerment, soluções baseadas na performance, revolução de paradigmas, infra-estruturas centradas em aproveitamento de sinergias?
Nope. No programa, entrevistaram dois médicos indianos que tinham exercido nos USA e regressaram à India para trabalhar naquele hospital, e perguntaram-lhes "Quanto é que ganham aqui, comparado com o que ganhavam nos USA". Resposta: "Entre 1/10 a 2/10". Coincidência do caraças, não é?
Enfim, isto tem algumas ilações imediatas:
- Aumenta a lista de profissionais que deveriam começar a ajustar as suas expectativas relativamente ao nível de vida que podem esperar das suas carreiras. Se é verdade que estes hospitais não devem fazer muito negócio com consultas esporádicas ou com urgências, acredito que consigam roubar uma boa parte das cirurgias. Principalmente aquelas que são mais supérfluas, e que mais dinheiro devem render - as plásticas. Até porque existem acordos entre os hospitais e resorts locais para convalescência, portanto... é o turismo médico.
- Cria uma nova realidade para o final de vida. Pessoal, convenhamos - o grande problema que todos vamos enfrentar na nossa velhice vai ser a doença. Todos os problemas com reformas, a razão de existência dos PPRs é essa - as seguradoras vão ter tendência a chutar os clientes mais velhos/problemáticos, e a malta vai precisar de dinheiro para que nos tratem da saúde. Ora, se isto pega, temos a possibilidade de passar a precisar de muito menos dinheiro para isso. É claro que existe a questão de sobreviver às viagens, mas também se não conseguirmos, ficamos com os problemas de saúde resolvidos. É só vantagens :)
- Cria uma nova oportunidade de negócio para as seguradoras. No seguimento do ponto acima, quanto faltará para as seguradoras dos USA/Europa começarem a incluir pacotes low-cost onde determinadas cirurgias sejam realizadas nestes hospitais?
É claro que nem tudo é perfeito. Se algo correr mal, eventuais processos por negligência serão instaurados nos tribunais indianos. Good luck, Jim :)
Quanto ao segundo ponto do título...
Sem sair da área (refiro-me à Ásia, e não à Saúde), não sei se algum de vocês viu as manifestações do 1º de Maio lá pelo sítio. Pois é. Os nossos queridos escravos estão a começar a abrir os olhos. E começam a fazer manifs, onde exigem melhores salários, menos horas de trabalho, melhores condições sociais... enfim, exigem ser como nós.
É claro que, por esse mundo fora, deve haver inúmeros empresários indignados - Ingratos! Nós, que lhes damos tudo - trabalho, dinheiro, direito a uma vida... bem, é certo que a gastam a trabalhar, com poucas ou nenhumas regalias, mas mesmo assim! Não é?
E pensei eu que esses empresários começassem a ficar nervosos ao ver tudo isto, todas estas manifs, todo este ímpeto pseudo-revolucionário. Mas depois, numa conversa com o Miguel, ele disse algo que me deixou a pensar, algo como "Pelo menos, na China, anda sempre tudo na linha".
É verdade! Na China, não há problemas destes. Quem começar a fazer ondas, é atropelado por um qualquer tanque, e mai nada! E cheguei a uma conclusão verdadeiramente deliciosa :)
Meninos e meninas, apresento-vos o grande garante do Capitalismo na Ásia - O Comunismo Chinês. Yep. Vai ser a repressão Comunista que vai continuar a impulsionar o Capitalismo naquela zona. Senão, vejamos...
Imaginemos que estas manifs começavam a ter resultados práticos. De repente, as empresas passavam a ter obrigações sociais (Mau! Já estivémos a falar melhor!), os salários aumentavam (Está tudo doido ou quê?!), o horário de trabalho diminuia (Já chega! Isso é um ataque à eficiência produtiva!!).
Pois é, lá se iam todos os maravilhosos lucros conseguidos à custa da miséria, o que seria uma chatice. Mas... em toda a "Ásia com potencial produtivo", existe um país onde essa situação está controlada, pelo menos no futuro próximo. Yep, a China. A Chinazinha, vermelhinhazinha, comunistazinha :D
Afinal, se os países que estão em concorrência com os chineses para atrair o investimento estrangeiro dessem aos seus trabalhadores as tais condições que os aproximariam dos nossos, eles passariam a ter o mesmo problema que nós - seriam pouco competitivos. E a China passaria a ser o destino preferencial desse tal investimento.
Portanto, prevejo que poderá ser um regime comunista a manter felizes os capitalistas por esse mundo fora. O Capitalismo e o Comunismo com as mãos nos bolsos um do outr... er, quero dizer, de mãos dadas. Ah, o calor da amizade é tão bonito :)
Quase me leva a questionar se o Comunismo não teria sido inspirado no trabalho dos Marx, e não do Marx :D
A semana passada vi, no programa "60 Minutos", uma componente da globalização que desconhecia - a globalização da Saúde. O programa focou dois casos, o tailandês e o indiano. Não sei se há mais.
Em ambos os casos, a história era idêntica - grandes hospitais privados, de luxo. que mais pareciam hotéis (tipicamente, com galerias comerciais no piso 0, quartos com jacuzzi, hidromassagem, etc). E para quê? Para apanhar clientes estrangeiros. Mais claramente, o objectivo é roubar clientes aos hospitais americanos e europeus. Um dos que falaram é o hospital Apollo, na India.
Obviamente, ninguém pretende atingir esse objectivo à custa de galerias comerciais e jacuzzis. A forma de "captar" o cliente estrangeiro vai ser a mesma de sempre - o preço.
Falaram, p.ex., na história de um americano que teve um enfarte. O médico disse-lhe que precisava de um bypass quíntuplo. A operação custava +/- 100,000 USD nos USA. Na Tailândia custou 12,000 USD. Yep. +/- 1/10. Tendo em conta que o homem não tinha seguro de saúde, não tinha como pagar a operação e tinha pela frente uma morte certa, não deixou de ser um óptimo negócio, não acham?
E, perguntam vocês, como é que os rapazes conseguem essa diferença de preços? Através de técnicas inovadoras de gestão, eliminação de desperdício, métodos de empowerment, soluções baseadas na performance, revolução de paradigmas, infra-estruturas centradas em aproveitamento de sinergias?
Nope. No programa, entrevistaram dois médicos indianos que tinham exercido nos USA e regressaram à India para trabalhar naquele hospital, e perguntaram-lhes "Quanto é que ganham aqui, comparado com o que ganhavam nos USA". Resposta: "Entre 1/10 a 2/10". Coincidência do caraças, não é?
Enfim, isto tem algumas ilações imediatas:
- Aumenta a lista de profissionais que deveriam começar a ajustar as suas expectativas relativamente ao nível de vida que podem esperar das suas carreiras. Se é verdade que estes hospitais não devem fazer muito negócio com consultas esporádicas ou com urgências, acredito que consigam roubar uma boa parte das cirurgias. Principalmente aquelas que são mais supérfluas, e que mais dinheiro devem render - as plásticas. Até porque existem acordos entre os hospitais e resorts locais para convalescência, portanto... é o turismo médico.
- Cria uma nova realidade para o final de vida. Pessoal, convenhamos - o grande problema que todos vamos enfrentar na nossa velhice vai ser a doença. Todos os problemas com reformas, a razão de existência dos PPRs é essa - as seguradoras vão ter tendência a chutar os clientes mais velhos/problemáticos, e a malta vai precisar de dinheiro para que nos tratem da saúde. Ora, se isto pega, temos a possibilidade de passar a precisar de muito menos dinheiro para isso. É claro que existe a questão de sobreviver às viagens, mas também se não conseguirmos, ficamos com os problemas de saúde resolvidos. É só vantagens :)
- Cria uma nova oportunidade de negócio para as seguradoras. No seguimento do ponto acima, quanto faltará para as seguradoras dos USA/Europa começarem a incluir pacotes low-cost onde determinadas cirurgias sejam realizadas nestes hospitais?
É claro que nem tudo é perfeito. Se algo correr mal, eventuais processos por negligência serão instaurados nos tribunais indianos. Good luck, Jim :)
Quanto ao segundo ponto do título...
Sem sair da área (refiro-me à Ásia, e não à Saúde), não sei se algum de vocês viu as manifestações do 1º de Maio lá pelo sítio. Pois é. Os nossos queridos escravos estão a começar a abrir os olhos. E começam a fazer manifs, onde exigem melhores salários, menos horas de trabalho, melhores condições sociais... enfim, exigem ser como nós.
É claro que, por esse mundo fora, deve haver inúmeros empresários indignados - Ingratos! Nós, que lhes damos tudo - trabalho, dinheiro, direito a uma vida... bem, é certo que a gastam a trabalhar, com poucas ou nenhumas regalias, mas mesmo assim! Não é?
E pensei eu que esses empresários começassem a ficar nervosos ao ver tudo isto, todas estas manifs, todo este ímpeto pseudo-revolucionário. Mas depois, numa conversa com o Miguel, ele disse algo que me deixou a pensar, algo como "Pelo menos, na China, anda sempre tudo na linha".
É verdade! Na China, não há problemas destes. Quem começar a fazer ondas, é atropelado por um qualquer tanque, e mai nada! E cheguei a uma conclusão verdadeiramente deliciosa :)
Meninos e meninas, apresento-vos o grande garante do Capitalismo na Ásia - O Comunismo Chinês. Yep. Vai ser a repressão Comunista que vai continuar a impulsionar o Capitalismo naquela zona. Senão, vejamos...
Imaginemos que estas manifs começavam a ter resultados práticos. De repente, as empresas passavam a ter obrigações sociais (Mau! Já estivémos a falar melhor!), os salários aumentavam (Está tudo doido ou quê?!), o horário de trabalho diminuia (Já chega! Isso é um ataque à eficiência produtiva!!).
Pois é, lá se iam todos os maravilhosos lucros conseguidos à custa da miséria, o que seria uma chatice. Mas... em toda a "Ásia com potencial produtivo", existe um país onde essa situação está controlada, pelo menos no futuro próximo. Yep, a China. A Chinazinha, vermelhinhazinha, comunistazinha :D
Afinal, se os países que estão em concorrência com os chineses para atrair o investimento estrangeiro dessem aos seus trabalhadores as tais condições que os aproximariam dos nossos, eles passariam a ter o mesmo problema que nós - seriam pouco competitivos. E a China passaria a ser o destino preferencial desse tal investimento.
Portanto, prevejo que poderá ser um regime comunista a manter felizes os capitalistas por esse mundo fora. O Capitalismo e o Comunismo com as mãos nos bolsos um do outr... er, quero dizer, de mãos dadas. Ah, o calor da amizade é tão bonito :)
Quase me leva a questionar se o Comunismo não teria sido inspirado no trabalho dos Marx, e não do Marx :D
9 Comments:
Olha... honestamente... vi muita palavra para ler.... muita letrinha para passar os olhos... e saltei até onde dizia: comments....
Mea culpa :D
Beijo
Ah! Mas sou honesta :D
O q interessa é q apareceste, e deste um "hello". Não leste hj, lês noutro dia, qd e se te apetecer :)
"Ah! Mas sou honesta :D"
Sim, já me habituaste a isso :)
:*
Meu caro amigo, sou comunista e concordo com o que escreveste, mas deixo um pequeno reparo, o modelo chinês não é, nem nunca foi um modelo comunista. Também penso da mesma forma, na China, os trabalhadores não têm direitos e são sujeitos à lei da rolha, carne para canhão, o que suporta toda a lógica capitalista. Os regimes são feitos pela consciência das pessoas e como tu bem disseste os escravos começam a abrir a pestana e na China há de acontecer o mesmo. Mas uma coisa a China tem de bom, a sua política de negociação do petróleo, mais equilibrada do que a dos americanos, o que pode fazer com que as negociações sejam mais justa
Escrevi um comentário mas o blogger mandou-me à fava. Concordo com o que escreveste mas deixo um reparo, o regime Chinês não é comunista, nem nunca foi, até existe quem lhe chame Capitalismo de Estado. Sou comunista e por exemplo em Portugal nós defendemos que os precos dos medicamentos sejam os recomendados pela Infarmed. Isto significaria que estes fossem muito mais baratos, aumentado o poder de compra dos portugueses. Este governo não o faz, mantendo as margens de lucro ao mesmo tempo que prejudica quem o elegeu para governar, toma um lado. Mas só com o abrir de olhos, independentemente da ideologia é que podemos caminhar para um mundo mais justo. Neste caso dos medicamentos era tão fácil e ganhávamos todos. O resto cabe-nos a nós todos. Somos todos responsáveis.
Um abraço
anonymous, Nuno,
Relativamente ao facto de a China ser ou não um regime comunista... acredito na vossa palavra, por ignorância (da minha parte, repare-se) - ainda não consegui reunir a pachorra para ler um conjunto de obras fundamentais (p.ex., Marx/Engels, Adam Smith), até pq sei q isso depois terá q ser complementado com a leitura de outras obras q representam a evolução destes conceitos básicos. Nesse sentido, não vos sei dizer qual - se algum - dos paises tradicionalmente denominados como comunistas realmente o é (ou foi).
No entanto, tanto quanto me recordo, nenhuma organização comunista por esse mundo fora veio a público - formal e oficialmente - partilhar desta vossa opinião, e corrigir a expressão "China Comunista". Corrijam-me, se isto aconteceu, pls.
anonymous,
Não tenho dúvida q na China os escravos tb hão-de abrir os olhos. O problema é q isso só não chega. O exemplo vem de cima, e o caso da ex-URSS demonstra-o claramente. Devo admitir q tenho pena da forma como a "Transição" passou a "Colapso", e da miséria q se generalizou por lá. Acho q tinha sido mt importante para todos nós q o processo tivesse sido mais equilibrado.
Quanto à política chinesa de negociação de petróleo, vou dar uma no cravo e outra na ferradura :)
- Por um lado, é verdade q essa maior justiça desta política pode ser uma marca de uma diferente consciência das pessoas que a definem.
- Por outro lado, convém não esquecer que os chineses estão em concorrência com os americanos (e não só) por esses recursos, portanto é normal q tentem garantir o acesso aos mesmos, seguindo a lei do concorrência.
Nuno,
Só não concordo com o "era tão fácil". Apesar de ter uma péssima opinião sobre a maioria dos políticos, não sei se me conseguiria comportar de forma diferente, se estivesse no lugar deles. Afinal, tenho q admitir q o "fechar os olhos, evitar chatices e ainda por cima ter benefícios por isso" é uma proposta q é mt difícil recusar. Ainda para mais, vivendo num país onde "responsabilização" é uma palavra feia.
Quanto ao "O resto cabe-nos a nós todos. Somos todos responsáveis", sim é verdade. Mas é uma meia verdade. O grau de responsabilidade advém directamente do grau de poder. Eu sou responsável pelo estado em q se encontra este país, mas não tanto cm aqueles q o governaram e governam. Mais uma vez, o exemplo vem de cima.
Mais uma vez concordo consigo, mas deixe-me dar-lhe só umas pequenas informações e depois pense o que quiser. Sou eleito numa junta de freguesia e trabalho numa câmara municipal, sou honesto e o que faço não é para agradar a ninguém, isto para dizer que não tenho má opinião da maior parte dos políticos (principalmente os autarcas). Existem maus, mas esses são os falados, dos bons ninguém fala.
Falar de Comunismo é comlicado, por exemplo, o Partido Comunista Português defende que só se alcança o comunismo quando o homem for suficientemente honesto e solidário, para isso é preciso que surja um homem novo (percebe a minha ideia de comunismo).
No mundo existem e existiram sistemas socialistas, nunca comunistas.
Para mim, só haverá paz e harmonia quando o dinheiro deixar de existir e só assim se chega ao comunismo, até lá tento lutar, neste mundo capitalista para evitar as injustiças aos trabalhadores e à população em geral.
Um abraço, tem sido um prazer discutir isto consigo.
Hallo, Nuno.
Sim, já tinha lido num outro comment sobre o teu background. E sei q qd digo "os políticos isto, os políticos aquilo", estou a generalizar.
"Existem maus, mas esses são os falados, dos bons ninguém fala."
Sim, isso é um gd verdade. Afinal, "Homem ajuda senhora a atravessar a rua e leva-lhe os sacos pesados com as compras a casa" só é notícia se o homem a seguir prender a senhora na despensa e lhe levar td o q tem em casa.
Eu confesso q não tenho mt boa opinião dos autarcas. São inúmeros os exemplos, mas principalmente no q se refere à construção. E nem preciso de sair do meu prédio - as garagens foram feitas de forma a q há quem tenha q atravessar o espaço de estacionamento dos outros para chegar às escadas q dão acesso ao prédio. O prédio ao lado do meu tem 5 andares e não tem elevador. Alguém aprovou isto. Quem o fez, esteve-se nas tintas para os problemas q isto pode causar nas vidas das pessoas, para além pelo desrespeito por quaisquer normas. E isto são apenas pequenos exemplos, sem qq espécie de investigação.
Não digo q sejam todos desonestos. Mas no meu dia-a-dia vejo mais exemplos de coisas mal feitas do q de coisas bem feitas, e há alturas em q uma pessoa se interroga sobre quais os motivos q estarão por detrás de uma decisão. E as alternativas não são mt lisonjeiras para quem tomou essa decisão.
"Falar de Comunismo é comlicado, por exemplo, o Partido Comunista Português defende que só se alcança o comunismo quando o homem for suficientemente honesto e solidário, para isso é preciso que surja um homem novo (percebe a minha ideia de comunismo)."
Sim, mas isso é algo q extravasa o comunismo, pq são características humanas. Não surgirão dentro de nenhum partido, nem de nenhuma organização. Isso só acontecerá qd quem detiver o poder começar a exibir essas características, qd td a gente começar a ver q essas características não são, pelo menos, penalizadoras, como acontece hj em dia. Pq a verdade é só uma - mt gente escolhe a desonestidade pq esta compensa.
"Para mim, só haverá paz e harmonia quando o dinheiro deixar de existir e só assim se chega ao comunismo"
Este é demasiado complexo para responder aqui. Prometo-te um post para breve, OK? Mas posso dizer-te q já compreendi a tua definição de comunismo, e q não acho q o fim do dinheiro seja necessário. A culpa não é do dinheiro, da mesma forma q qd um pessoa leva um tiro, a culpa não é da arma.
Obrigado pelos comentários, Nuno. Ah, e espero que o tratamento por "você" tenha sido uma distração :)
Um abraço.
O tratamento por você sai. Não tens de agradecer os comentários foram feitos com muito prazer e com os quais aprendi (no caso dos teus).
Um abraço
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