sábado, junho 03, 2006

Levar o Asseio a Peito

A pedido da Patrícia, que queria rir :)

Data Original: 2005-10-21

Ontem chamaram-me à atenção que eu estou sempre a falar de mamas - "As mamas isto, as mamas aquilo, as mamas aqueloutro".

É um facto. Tenho uma fixação por mamas. Atenção, é uma fixação, e não uma obsessão. Qual a diferença? Simples, uma fixação é uma ideia fixa, que me invade a cabeça e ocupa toda a minha atenção, a todas as horas do dia, de tal forma que não me consigo concentrar em mais nada nem consigo sequer pensar em mais nada e tudo aquilo que vejo lembra-me imediatamente o objecto da minha fixação mesmo que seja preciso fazer as associações de ideias mais rebuscadas do Universo conhecido e desconhecido e depois a certa altura a pressão começa a ser demasiada ecomeçoaterquefazerumeesforçoenorme
paramecontrolarenãocomeçaradizerbemaltofrases
ondeutilizeapalavra"mamas"sóparapoderouviressa
palavrajáqueopessoalqueestáàminhavoltaparece
incapazdemefazerofavordeutilizaressapalavranuma
fraseacadacincominutososbandidosevem-melogoà
ideiao"GreastestTits"perdão"GreatestHits"daDollyPartone... e... e...

(Respirar fundo, e contar até 10)

...nove vírgula novecentos e noventa e oito centésimos, nove vírgula novecentos e noventa e nove centésimos, dez.

OK, já estou mais calmo.

Pronto, isto é a fixação. Quanto à obsessão, não sei porquê, mas faltam-me as palavras para a descrever. Há-de ser, certamente, muito pior que isto. Tenho pena das pessoas que vivem assim, obcecadas com algo. Deve ser muito triste, não acham?

Porém, eu admito-o - tenho uma pequenita fixação por mamas. Mas mesmo, mesmo pequenita. Quase nem se nota, quase nem se dá por ela. Aliás, se eu não estivesse a falar do assunto hoje, de certa forma a trazer-vos para o seio da questão, a maioria de vocês nem se teria apercebido, não é?

É certo e sobejamente sabido que já anteriormente abordei o assunto sobre seios nestes meus mails matinais, mas foram realmente referências raras, sempre super-subtis que passaram pelo pessoal, decerto, devidamente despercebidas. Sim, que quando quero, também eu sei ser subtil.

Assim sendo, decidi levar a questão a peito, e abordá-la no texto de hoje, com toda a frontalidade, e completamente a descoberto.

Portanto, para que fique claro de uma vez por todas, e desta vez sem subtilezas, para que todos vocês possam captar a mensagem: Gosto de mamas. Sejam grandes e gloriosos globos; sejam pequenos petit-petits apetitosos; sejam a míticas mamas médias; é-me indiferente, desde que sejam verdadeiras. As falsas (ou "silly-boobs", i.e., com estrutura reforçada a silly-cone), quando exageradas, parecem-me sempre esquisitas. Enfim, gosto da vida como ela é.

É claro que quando digo "as falsas parecem-me esquisitas", tenho o dever de evitar extremismos potenciadores de eventuais situações trágicas. Se a vida colocar no meu caminho umas mamas falsas - isto não soa lá muito bem, pois não? :) - não serei a escusar-me a experimentá-las - não, não soa mesmo nada bem :) a minha sorte é que vocês percebem o que eu quero dizer, apesar de vos dar imenso gozo fazerem interpretações distorcidas ;)

E pronto. Sim, é só isto. Quero dizer, não é propriamente um assunto em que haja muito para divagar. Parece-me ser mais uma disciplina multi-facetada, com uma primeira fase contemplativa, orientada para a meditação apreciativa, seguida de uma experiência mais prática, mais "hands-on"; de qualquer forma, é algo que exclui a filosofia, e os longos discursos vazios e sofomaníacos. Sim, poderia traçar imensos paralelos com apoteóticas viagens pelos Alpes, ou atrevidas comparações com os frutos mais diversos, ou contar picantes histórias do "Clube do Peitos Mornos" (para quem estiver interessado, é a versão soft do famoso "Clube do Peitos Pornos", uma das melhores obras cinematográficas desde a trilogia das "Freiras Endiabradas"; e pensar que nesse ano deram o Óscar ao "Gandhi")... enfim, haveria muito para dizer, mas ("felizmente" dirão vocês :) ) não há tempo.

Portanto, mudando de assunto, uma pequena nota sobre o cavalheirismo. É opinião geral que é algo que vai desaparecendo. E isto trouxe-me à ideia as tradições, que também se vão perdendo. Será que alguém já fez um estudo sobre a relação entre a importância que cada país dá às suas tradições, o esforço que realiza para as manter, e o seu índice de cavalheirismo?

Não me parece que seja uma questão nacional, mas não deixaria de ser engraçado se assim fosse. Por cá, até somos um país tradicional, mas nem por isso o nosso índice de cavalheirismo é particularmente alto. O que é uma pena, porque o cavalheirismo tem algumas vantagens. P.ex., o acto de dar passagem a uma mulher ("primeiro as senhoras", lembram-se?); como cavalheiros lusitanos, temos o dever de o fazer, de forma a melhor podermos contemplar o nabo racional... bem, e o internacional também; não sejamos xenófobos :)

E pronto, mudei do habitual tema asseado para um assunto mais abundante.

16 Comments:

Blogger Patrícia said...

Espera, espera... Ainda estou a recuperar das risadas... :D

Eu confesso que, apesar de gostar do peito masculino (mas não de mamas grandes, como deves calcular!), sou um pouco mais inclinada para a observação do rabo. E, tal como tu referiste em relação aos seios, é muito importante passar para a fase táctil da observação. :D Gajo "meu" é constantemente apalpado!! Eheheh

Continua a escrever, és uma fonte de boa-disposição, Llyrnion.

Posso desviar-me apenas um pouco do tópico da conversa? Quando tinhas a tal relação mais profunda, chegavam-te os seios dessa mulher, ou acabavas por te interessar por outras (compreendo se não quiseres responder e me mandares bugiar)?

23:17  
Blogger Llyrnion said...

My pleasure :)

Quanto à tua pergunta...

Em relação a observar, olhava e apreciava quase tudo o que passava à minha volta... porquê "quase tudo"? Sabes aquelas que passam por um gajo, todas convencidas, com uma cara de enjoadas de meia légua, do tipo "Olhem para mim, eu sou a maior"? Faço questão de não olhar para elas. Enfim, sou do contra, o que é que hei-de fazer? :)

Ou seja, olhar para outras, sim. Interessar-me por elas, não.

Chegava-me a minha companheira. Se há coisa que nunca fiz, foi trair (nem servir de instrumento para traição de outros). Não sei o que será o meu futuro, mas será uma grande mudança se eu alguma vez pensar sequer em fazer uma coisa dessas.

E não será uma mudança para melhor :(

00:09  
Blogger Patrícia said...

Afinal sempre concordamos em algumas coisas! :)

Não posso com pessoas emproadas de narizes-empinados, femininos ou masculinos... Blhec! :P

Continua a ser fiel aos teus instintos. Surpreendeste-me, tenho de confessar. :) Procura que qualquer mudança em ti seja sempre no sentido de seres ainda melhor, por favor, por ti.

00:40  
Blogger Llyrnion said...

"Surpreendeste-me, tenho de confessar. :)"

Sim....??? E queres partilhar com a malta aquilo que estavas à espera? :)

07:46  
Blogger Patrícia said...

"Chegava-me a minha companheira. Se há coisa que nunca fiz, foi trair (nem servir de instrumento para traição de outros). Não sei o que será o meu futuro, mas será uma grande mudança se eu alguma vez pensar sequer em fazer uma coisa dessas."


Surpreendeste-me com estas palavras. Estava à espera de um discurso mais na linha do Homem Pasmado (que respeito, atenção!) e de praticamente todas as pessoas com quem converso sobre este assunto. Pelos vistos, as relações monogâmicas têm os dias contados e tendem a ser substituídas pelas chamadas "relações abertas", que não quero para mim (sem comentários...)...

09:19  
Blogger Llyrnion said...

Atenção, que traição e relações monogâmicas são coisas distintas.

No que diz respeito a relações monogâmicas, não sou contra, nem a favor. Ou seja, não será isso que irá ter peso no facto de eu ter ou não uma relação estável com uma mulher. Apesar de saber que, não tendo eu a mínima pachorra para "jogos de engate", iria sair "a perder" numa relação aberta :)

Mas se é verdade que me sinto mais à vontade numa relação monogâmica, a ideia de uma relação aberta não me choca o suficiente para a recusar à partida.

Voltando à traição (sim, tb já escrevi sobre o assunto :) ), imagina que estás numa relação onde ambos concordam que podem ter relações com outros, desde que não ocultem esse facto. Neste caso, a traição não é tu engatares um gajo numa disco (p.ex.), mas sim não o contares à tua cara-metade.

E sim, já me aconteceu ter uma oportunidade de trair uma companheira. A moça em questão não se pôs debaixo de mim, mas mostrou interesse de forma tão óbvia que até eu - que não tenho jeito nenhum para apanhar pistas, sinais, subtilezas - percebi.

Não, não fiz nada. Deixei-me ficar queitinho no meu canto. Sim, custou um pouco - a rapariga tinha umas mamas impressionantes >:D

Não. não me arrependo. É assim que sou, felizmente.

10:18  
Blogger Patrícia said...

So sue me. Não consigo digerir a ideia de relação aberta. Não quero para mim (quem for feliz numa, óptimo, desde que não seja comigo nem me envolva nela). Claro que entendo que numa relação dessas, a traição é diferente, é uma questão de não contar e não de fazer algo.

Merda... esta conversa deixa-me sempre apreensiva... :S

11:53  
Blogger Llyrnion said...

"Merda... esta conversa deixa-me sempre apreensiva... :S"

Não penses nisso.

Cada pessoa tem os seus princípios, e tu tens os teus. Tens direito a eles, e não tens nada que ficar apreensiva por causa disso, OK?

Nem td o mundo anda por aí a foder a torto e a direito, à procura de relações abertas. Não és um bicho raro, minha amiga. Tens é q ter paciência.

:*

12:16  
Blogger Patrícia said...

Se estivesses por perto, levavas agora com um abraço muito apertadinho! :)

Beijo e obrigada, Llyrnion (começo a perceber que és um caso raro de sucesso entre as mulheres!).

14:37  
Blogger Llyrnion said...

OK, considero-me ciber-abraçado :)

02:07  
Blogger homempasmado said...

Patrícia e Llyrnion:

Ok menino e menina, brigada anti-estereótipo em acção:
:-)

1.
A malta que não acredita na monogamia como forma de virtude, mas tão só como forma de limitação, não anda necessariamente a foder a torto e a direito com tudo o que aparece.

Quem o faz, não o faz porque acredita em “relações abertas”, mas por outros motivos quaisquer! E quem o faz, que chegue à frente e explique…


2.
Nós, pessoas que praticamos a poligamia e/ou a promiscuidade, também podemos embarcar em relações monogâmicas. E fá-lo-emos, sempre que nos sentirmos bem nesse barco!

3.
Traição não é ter sexo extra-conjugal.
Traição é violar os acordos estabelecidos de livre vontade.

E para que conste, eu nunca traí!


4.
Nós, pessoas que blá, blá, blá, não estamos em guerra com os monogâmicos. Desejamos a todos vocês (que são uma catrefada de gente) muita felicidade no caminho que escolheram e só pedimos que nos deixem em paz, coisa que muitos de vós insistem em não fazer!


Faço minhas as palavras do L: “…Cada pessoa tem os seus princípios, e tu tens os teus. Tens direito a eles, e não tens nada que ficar apreensiva por causa disso…”

Com a ressalva: Desde que os teus princípios terminem onde os meus comecem (e vice-versa).
;-)

20:15  
Blogger Llyrnion said...

"A malta que não acredita na monogamia como forma de virtude, mas tão só como forma de limitação, não anda necessariamente a foder a torto e a direito com tudo o que aparece."

OK, point taken. Mas sendo uma relação não-monogâmica, é inevitável q essa seja a imagem que os "monogâmicos" têm... e tu foste a primeira brigada anti-estereótipo que me apareceu a comentar isto :)

"coisa que muitos de vós insistem em não fazer"

Bem, agora I'm going out on a limb, mas não tinha consciência que there was a war going on :)

22:36  
Blogger Patrícia said...

Pasmadito, como não sei se recebeste o meu email, aqui vai uma novidade ou um déjà vu, conforme o caso:

Quando escrevi algures por estes comentários que te respeito, estava a ser sincera; não te considero promíscuo por te afirmares adepto da poligamia e não me incomoda minimamente que o sejas, que o defendas, que argumentes contra a minha defesa da monogamia, etc. A tua poligamia só seria um problema para mim se eu tivesse, ou quisesse ter, uma relação amorosa contigo (por muito limitada que isto me faça ser, "foder a torto e a direito", sim, mas só com um homem) e tu estivesses virado para o mesmo lado (caso me rejeitasses, monogâmico ou poligâmico, a minha dor de corno seria igual). Não te estava a atacar, estava apenas a dizer que pensava que o Llyrnion estava mais de acordo com os teus princípios.

Estamos entendidos, ou tenho de ir aí a Lisboa pôr os pontos nos is? E não te metas com uma gaja do norte quando ela está com síndroma pré-menstrual! ;D

15:47  
Blogger Patrícia said...

Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

15:48  
Blogger Llyrnion said...

"E não te metas com uma gaja do norte quando ela está com síndroma pré-menstrual! ;D"

Será caso para dizer... sábias palavras.

De Norte a Sul, tanto lhes dá para o sentimentalismo descontrolado como para a violência sem limites :D

22:16  
Blogger homempasmado said...

Llyrnion:
”… Mas sendo uma relação não-monogâmica, é inevitável q essa seja a imagem que os "monogâmicos" têm... “
- Não pá, não é. Talvez seja inevitável para a malta estereotipada, sejam monogâmicos ou não!

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”… e tu foste a primeira brigada anti-estereótipo que me apareceu a comentar isto :) …”
- Going boldly where no man has gone before…
ahahahahahahahah!

--

Bem, agora I'm going out on a limb, mas não tinha consciência que there was a war going on :)
- Lamento ser eu a dar-te a notícia, L, mas nós, minorias, somos perseguidos(as) pelos detentores da tradição erigida em Verdade Universal…
Porra, daqui a pouco começo a distribuir panfletos revolucionários!
:-D

--//--

Patrícia :
Recebi o teu mail.
Huuummmmmm, será que a TPM também te torna um pouco mais impaciente?
;-)

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”… Quando escrevi algures por estes comentários que te respeito, estava a ser sincera; não te considero promíscuo por te afirmares adepto da poligamia …”
- Na resposta ao teu mail, manifestei dúvidas sobre a tua interpretação da palavra “promiscuidade”.
Este teu post tirou-me as dúvidas. Tu encaras a palavra com o sentido negativo que lhe é dado num sentido popular!
A palavra, no entanto, significa outra coisa, noutro contexto mais “técnico”.

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“… não me incomoda minimamente que o sejas, …”
- Não, eu não sou adepto da poligamia!

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”… A tua poligamia só seria um problema para mim …”
- Bonito da tua parte dizeres isso!
:-)

”… caso me rejeitasses, …”
- Nunca rejeitei uma mulher por causa desse “defeito”!
ahahahahahah!

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”… Não te estava a atacar …”
- Como disse no mail, eu não o pensei.

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”… Estamos entendidos, ou tenho de ir aí a Lisboa pôr os pontos nos is? E não te metas com uma gaja do norte quando ela está com síndroma pré-menstrual! ;D …”
- Entendidíssimos! Mas podes vir cá abaixo colocar os pontos nos is, as cedilhas nos cês, os tils nos Ás, etc, etc!
ahahahahahahahahah!

--//--

Llyrnion:
“… De Norte a Sul, tanto lhes dá para o sentimentalismo descontrolado como para a violência sem limites :D …”

:-D

--//--

L & P:
Assim que estiverem prontos, vou colocar uns textos on-line para responder a algumas questões debatidas aqui, bem como colocar outras.

Tchau e bom FDS para os dois!
:-)

21:50  

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