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And so have I become one of the Labelled...
Não é nada normal eu ter dois posts no mesmo dia, mas enquanto pensava se haveria de responder já ou deixar para depois, senti a língua da Inspiração a roçar-me a orelha, e pensei "É já!". Portanto, no dia em que digo que vou diminuir o número de postas, aqui vão duas de seguida.
Não é, de todo, a melhor altura para fazer isto, vindo de um jantar muito bem regado num Chimarrão, ainda por cima com a cherry on top, uma bela caipirinha... fomos os últimos a sair, e quase que foi porque correram connosco :)
Mas, como diz o grande filósofo contemporâneo - que se foda! Se calhar, até é a melhor altura. Qualquer merda que diga, posso dizer que são os chopes e a caipirinha a falar... se alguém da Tertúlia (vulgo, "Grupo da Bola") ler isto... é sempre a aviar tremoço :D
1. Guitarra
São poucos os dias em que não me visita a frustração de ter tido uma banda que tinha tudo para ter sucesso, que tinha o mais difícil resolvido, que eram os contactos e o pessoal que iria abrir portas, e que, mesmo assim, conseguiu não levantar vôo. Depois disso, coloquei a guitarra de parte por uns anos.
Mas é uma paixão que me persegue. Não há nada a fazer. Cresci nos 80s. Não com o pop/rock que se fazia na altura, mas com o hard & heavy. Ponham-me uma guitarra e um amp nas mãos, e sai automaticamente um som distorcido, a pedir um "Big City Nights", um "The Trooper", ou um "I Fuck Like A Beast".
Quando os Metallica fizeram o seu álbum com uma orquestra, achei piada à ideia, mas pareceu-me que a mistura não saiu lá muito bem. Com os Scorpions, pareceu-me um pouco melhor. Mas foi no cinema (já não me lembro em qual), a ver o filme "O Demolidor", quando a P.A. começou a berrar alto e bom som o "Bring Me To Life", que me apercebi do que era a mistura de uma guitarra e uma secção de cordas - beleza, agressividade, elação, delírio, tensão, adrenalina... a match made in heaven, que mudou para sempre a minha ideia de hard & heavy.
Depois disso, ouvi o "Mein Herz Brennt", dos Rammstein, e fiquei com outro óptimo exemplo desta mistura. Hoje, sempre que ouço uma música mais pesada, começo logo a imaginar umas cordas por cima daquilo, geralmente com um único objectivo - construir uma base para que uma guitarra possa entrar a gritar, rebentando com a porta, libertando toda a tensão que a vida a obrigou a acumular.
A guitarra é uma paixão, uma extensão, uma exaustão.
2. Fantasia
Sim, gosto de mulheres. Não é propriamente um newsflash, pois não? Na maior parte das vezes, não as consigo entender. Nope, still not worthy of a mention on the Book of Revelations.
A maioria dos gajos que conheço desvaira com um helicóptero - gira e boa (lido com pronúncia do norte). Um bonito palmo de cara, um corpo de fazer cair o queixo. Sou tão susceptível como qualquer outro, atrai-me o olhar, claro, mas... não chega.
Quero com isto dizer que a Angelina Jolie ou a Catherina Zeta-Jones não me ocupam as fantasias. A mulher que me ocupa as fantasias tem muitos rostos e muitos corpos; uns mais bonitos que outros; uns mais bem feitos que outros; às vezes com mamas grandes, às vezes, pequenas; às vezes, com um rabo redondinho, às vezes com um rabo raso.
Mas, independentemente de tudo isto, há sempre três características que esta mulher tem:
- Nurse-like. Não, não é para tomar conta de mim quando eu tiver febre; utilizo este termo no mesmo sentido em que o Patrick o utilizou no Coupling: "Pretty much impossible to disgust".
- Capaz de se entregar. Não existe mais nada, para além de nós, para além de um momento. Não existem regras, não existem convenções sociais, não existem "os outros", não existe o certo, não existe o errado... ela é capaz de me dizer "Sou tua" e deixar-se usar para satisfazer uma fantasia minha, e é capaz de me exigir o mesmo e usar-me para satisfazer uma fantasia sua; e não deixamos de nos respeitar por causa disso.
- A little of both. Como cantaram os rapazes, "I've been searching for the daughter of the devil himself, I've been searching for an angel in white". Não tem qualquer problema em mostrar-me as suas várias facetas, e vai querer que eu faça o mesmo; aliás, é bom que eu esteja disposto a fazer o mesmo, senão ainda apanho umas palmadas... well, either way, we'll be coming in that direction.
Espero que ela ande algures por aí. Voltando novamente à música, "And I can feel her but she's nowhere in sight".
3. Tranquilidade
Aprendi a procurar a calma. Numa negação daquilo que o meu espírito me pede a maior parte do tempo, que é a tensão. É uma batalha diária - manter a calma, a paz, a tranquilidade, quando na realidade o que me apetece é começar a desvairar à força toda; dizer "Epa, vai mas é enfiar um pau cheio de farpas p'lo cú acima" em vez de "Repara, essa proposta que estás a apresentar tem algumas falhas que carecem de uma análise mais detalhada do que um simples PowerPoint nojento com uma merda de um slide que contém apenas a porra de uma data de lançamento comercial e que diz que o car... heh...". Bem, até comecei bem, não foi?
No entanto, não gosto de mim como sou, mas sim como quero ser; e, para me sentir bem comigo próprio, tenho que levar por diante esta luta, sem nunca baixar os braços.
E procurar, acima de tudo, a tranquilidade. Todos os dias, de forma a que esta se transforme em second-nature to me. E, quem sabe, talvez um dia it comes naturally.
4. Cinzento
Adoro dias cinzentos, nublados, de chuva. Adoro a praia de Inverno, quase vazia, num dia de chuva molha-parvos (sim, eu sou um dos parvos). Adoro o Guincho, com o seu mar revolto, com o barulho das ondas e do vento. Quando lá estou, não ouço nem vejo mais nada. Quando lá estou, estou ali, de corpo e alma, e não preciso de escapes, pois o que me rodeia invade-me os sentidos, e ocupa por completo a minha alma. Por uma breve eternidade, nada mais existe; às vezes, nem eu.
5. Filmes
Há cenas que me tocam. De cada vez que as vejo, não consigo evitar as lágrimas, mesmo que às vezes me esforce, porque "um homem não chora". Alguns exemplos...
Life As A House - No final do filme, a cena do mergulho; quando ele, finalmente, aprende a mergulhar sem temer as consequências.
Jet Lag - Quando eles estão a tomar o pequeno-almoço separados, porque ele não é uma "pessoa de pequenos-almoços".
Lord Of The Rings - A carga dos Rohirrim em Pelennor, na cerimónia em que o Rei Theóden toca as lanças com a sua espada, antes de se lançarem na carga mais fabulosa que alguma vez vi, onde ao trovão do galope dos cavalos se junta um "Death" gritado alto e bom som, e que me envolve e absorve num turbilhão de som e imagem, fazendo-me esquecer tudo o que me rodeia.
Não tenho vergonha das lágrimas. Tenho vergonha é de ter vergonha das lágrimas.
6. Jogos
Mais um escape.
Desta feita, dois que coloco acima de tudo o resto que alguma vez se fez...
Myst/Riven - O passeio. A contemplação de paisagens de uma beleza estonteante, acompanhadas por uma banda sonora hipnotizadora, cativante. O som ambiente é mais uma indicação de que estou realmente lá, já não me encontro neste mundo. A imersão é absoluta, o relax é total.
Thief - O peak da adrenalina. Aproximo-me do meu alvo, o mais lenta e silenciosamente que consigo. Mantenho-me na sombra, rodeio-me de silêncio. Às vezes são demasiados guardas para neutralizar, é necessário lançá-los numa outra direcção, afastando-os do meu caminho. Obrigatório jogar de headphones e às escuras. A imersão no mundo do jogo é de tal forma que às vezes é preciso parar, para deixar que o coração acalme, para recuperar do banho de suor.
Quando mergulho nestes jogos, tenho plena consciência que deixo este nosso mundo para trás.
---
Bem, agora tenho que escolher seis companheiros de blogos-fera. Quem me etiquetou já escolheu duas pessoas que fariam parte da minha escolha, pelo que a minha lista fica mesmo em seis (em vez de ficar em oito).
- L'Enfant Terrible
- Sea
- Schmeichel
- Skinstorm
- HP
- Ovo
Alguns não estão por cá de momento, mas serão notificados da tarefa que têm pendente.
Não é nada normal eu ter dois posts no mesmo dia, mas enquanto pensava se haveria de responder já ou deixar para depois, senti a língua da Inspiração a roçar-me a orelha, e pensei "É já!". Portanto, no dia em que digo que vou diminuir o número de postas, aqui vão duas de seguida.
Não é, de todo, a melhor altura para fazer isto, vindo de um jantar muito bem regado num Chimarrão, ainda por cima com a cherry on top, uma bela caipirinha... fomos os últimos a sair, e quase que foi porque correram connosco :)
Mas, como diz o grande filósofo contemporâneo - que se foda! Se calhar, até é a melhor altura. Qualquer merda que diga, posso dizer que são os chopes e a caipirinha a falar... se alguém da Tertúlia (vulgo, "Grupo da Bola") ler isto... é sempre a aviar tremoço :D
1. Guitarra
São poucos os dias em que não me visita a frustração de ter tido uma banda que tinha tudo para ter sucesso, que tinha o mais difícil resolvido, que eram os contactos e o pessoal que iria abrir portas, e que, mesmo assim, conseguiu não levantar vôo. Depois disso, coloquei a guitarra de parte por uns anos.
Mas é uma paixão que me persegue. Não há nada a fazer. Cresci nos 80s. Não com o pop/rock que se fazia na altura, mas com o hard & heavy. Ponham-me uma guitarra e um amp nas mãos, e sai automaticamente um som distorcido, a pedir um "Big City Nights", um "The Trooper", ou um "I Fuck Like A Beast".
Quando os Metallica fizeram o seu álbum com uma orquestra, achei piada à ideia, mas pareceu-me que a mistura não saiu lá muito bem. Com os Scorpions, pareceu-me um pouco melhor. Mas foi no cinema (já não me lembro em qual), a ver o filme "O Demolidor", quando a P.A. começou a berrar alto e bom som o "Bring Me To Life", que me apercebi do que era a mistura de uma guitarra e uma secção de cordas - beleza, agressividade, elação, delírio, tensão, adrenalina... a match made in heaven, que mudou para sempre a minha ideia de hard & heavy.
Depois disso, ouvi o "Mein Herz Brennt", dos Rammstein, e fiquei com outro óptimo exemplo desta mistura. Hoje, sempre que ouço uma música mais pesada, começo logo a imaginar umas cordas por cima daquilo, geralmente com um único objectivo - construir uma base para que uma guitarra possa entrar a gritar, rebentando com a porta, libertando toda a tensão que a vida a obrigou a acumular.
A guitarra é uma paixão, uma extensão, uma exaustão.
2. Fantasia
Sim, gosto de mulheres. Não é propriamente um newsflash, pois não? Na maior parte das vezes, não as consigo entender. Nope, still not worthy of a mention on the Book of Revelations.
A maioria dos gajos que conheço desvaira com um helicóptero - gira e boa (lido com pronúncia do norte). Um bonito palmo de cara, um corpo de fazer cair o queixo. Sou tão susceptível como qualquer outro, atrai-me o olhar, claro, mas... não chega.
Quero com isto dizer que a Angelina Jolie ou a Catherina Zeta-Jones não me ocupam as fantasias. A mulher que me ocupa as fantasias tem muitos rostos e muitos corpos; uns mais bonitos que outros; uns mais bem feitos que outros; às vezes com mamas grandes, às vezes, pequenas; às vezes, com um rabo redondinho, às vezes com um rabo raso.
Mas, independentemente de tudo isto, há sempre três características que esta mulher tem:
- Nurse-like. Não, não é para tomar conta de mim quando eu tiver febre; utilizo este termo no mesmo sentido em que o Patrick o utilizou no Coupling: "Pretty much impossible to disgust".
- Capaz de se entregar. Não existe mais nada, para além de nós, para além de um momento. Não existem regras, não existem convenções sociais, não existem "os outros", não existe o certo, não existe o errado... ela é capaz de me dizer "Sou tua" e deixar-se usar para satisfazer uma fantasia minha, e é capaz de me exigir o mesmo e usar-me para satisfazer uma fantasia sua; e não deixamos de nos respeitar por causa disso.
- A little of both. Como cantaram os rapazes, "I've been searching for the daughter of the devil himself, I've been searching for an angel in white". Não tem qualquer problema em mostrar-me as suas várias facetas, e vai querer que eu faça o mesmo; aliás, é bom que eu esteja disposto a fazer o mesmo, senão ainda apanho umas palmadas... well, either way, we'll be coming in that direction.
Espero que ela ande algures por aí. Voltando novamente à música, "And I can feel her but she's nowhere in sight".
3. Tranquilidade
Aprendi a procurar a calma. Numa negação daquilo que o meu espírito me pede a maior parte do tempo, que é a tensão. É uma batalha diária - manter a calma, a paz, a tranquilidade, quando na realidade o que me apetece é começar a desvairar à força toda; dizer "Epa, vai mas é enfiar um pau cheio de farpas p'lo cú acima" em vez de "Repara, essa proposta que estás a apresentar tem algumas falhas que carecem de uma análise mais detalhada do que um simples PowerPoint nojento com uma merda de um slide que contém apenas a porra de uma data de lançamento comercial e que diz que o car... heh...". Bem, até comecei bem, não foi?
No entanto, não gosto de mim como sou, mas sim como quero ser; e, para me sentir bem comigo próprio, tenho que levar por diante esta luta, sem nunca baixar os braços.
E procurar, acima de tudo, a tranquilidade. Todos os dias, de forma a que esta se transforme em second-nature to me. E, quem sabe, talvez um dia it comes naturally.
4. Cinzento
Adoro dias cinzentos, nublados, de chuva. Adoro a praia de Inverno, quase vazia, num dia de chuva molha-parvos (sim, eu sou um dos parvos). Adoro o Guincho, com o seu mar revolto, com o barulho das ondas e do vento. Quando lá estou, não ouço nem vejo mais nada. Quando lá estou, estou ali, de corpo e alma, e não preciso de escapes, pois o que me rodeia invade-me os sentidos, e ocupa por completo a minha alma. Por uma breve eternidade, nada mais existe; às vezes, nem eu.
5. Filmes
Há cenas que me tocam. De cada vez que as vejo, não consigo evitar as lágrimas, mesmo que às vezes me esforce, porque "um homem não chora". Alguns exemplos...
Life As A House - No final do filme, a cena do mergulho; quando ele, finalmente, aprende a mergulhar sem temer as consequências.
Jet Lag - Quando eles estão a tomar o pequeno-almoço separados, porque ele não é uma "pessoa de pequenos-almoços".
Lord Of The Rings - A carga dos Rohirrim em Pelennor, na cerimónia em que o Rei Theóden toca as lanças com a sua espada, antes de se lançarem na carga mais fabulosa que alguma vez vi, onde ao trovão do galope dos cavalos se junta um "Death" gritado alto e bom som, e que me envolve e absorve num turbilhão de som e imagem, fazendo-me esquecer tudo o que me rodeia.
Não tenho vergonha das lágrimas. Tenho vergonha é de ter vergonha das lágrimas.
6. Jogos
Mais um escape.
Desta feita, dois que coloco acima de tudo o resto que alguma vez se fez...
Myst/Riven - O passeio. A contemplação de paisagens de uma beleza estonteante, acompanhadas por uma banda sonora hipnotizadora, cativante. O som ambiente é mais uma indicação de que estou realmente lá, já não me encontro neste mundo. A imersão é absoluta, o relax é total.
Thief - O peak da adrenalina. Aproximo-me do meu alvo, o mais lenta e silenciosamente que consigo. Mantenho-me na sombra, rodeio-me de silêncio. Às vezes são demasiados guardas para neutralizar, é necessário lançá-los numa outra direcção, afastando-os do meu caminho. Obrigatório jogar de headphones e às escuras. A imersão no mundo do jogo é de tal forma que às vezes é preciso parar, para deixar que o coração acalme, para recuperar do banho de suor.
Quando mergulho nestes jogos, tenho plena consciência que deixo este nosso mundo para trás.
---
Bem, agora tenho que escolher seis companheiros de blogos-fera. Quem me etiquetou já escolheu duas pessoas que fariam parte da minha escolha, pelo que a minha lista fica mesmo em seis (em vez de ficar em oito).
- L'Enfant Terrible
- Sea
- Schmeichel
- Skinstorm
- HP
- Ovo
Alguns não estão por cá de momento, mas serão notificados da tarefa que têm pendente.
10 Comments:
Quanto mais leio o que por aqui vais deixando, mais lamento os quilómetros que nos separam, amigo. Sei que a nossa amizade poderia crescer (aos Santantoniocasamenteiros de serviço: não estou a atirar-me ao Llyrnion, ok?! Trata-se de amizade pura)... És daquelas pessoas que parecem caídas de outro planeta, por apresentarem características tão raras e tão especiais. A mulher que sentes tem de existir (se tu existes, mais depressa ela existirá) e acabará por surgir no teu caminho. Espero que isso aconteça em breve. Sai agora à rua. Nunca se sabe. :)
Beijinhos!
Vamos andando sempre pelo que sentimos pois claro, concordo contigo pois claro.
Cumprimentos mixed by Jameson 12 anos!
Hallo, amiga :)
Apesar de td, hj em dia as distâncias vão ficando cd vez menores. Ao menos, q haja algum aspecto positivo de td esta evolução, n é?
Qt à mulher q falo, ela anda por aí, de certeza. Daqui a pouco vou sair, Quem sabe...? :)
:*
Halllo, Spiritman.
Então estamos de acordo, pois claro :)
ehehhe gostei do final :)
'notificados da tarefa que têm pendente' five points!
e de outras tantas coisitas mas nã digo !
1 BJ*
O site dos "labels" já não existe !? Tentei seguir o link e não dá... que pasa?
Hallo, Blue.
Já sabes q estás á vontade - dizes o te apetecer, guardas o q n queres dizer.
Deixa-me adivinhar - a esta hr n pode ser, q a AACS n deixa :D
:*
Hallo, Enfant.
Olha, algo se passa, de facto. Enfim, é o dinamismo da internet - Now you see me, now you get a "Page not found"...
Weird.
Um abraço!
Pode ficar assim, tipo, para outra altura? Errrrr.... ? Hum???
Hallo, Sea.
Pa qd quiseres. Escolhe o teu santo padroeiro preferido, a altura do dia q mais te convier, and fire away :D
:*
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