Amo-te
Bem, este texto já estava prometido há imenso tempo, portanto aqui vai ele... continuo a não estar muito satisfeito com isto, mas acho que nunca estarei, portanto let's go for it.
"Amo-te".
O que significa isto, ao certo?
Bem, para começar, posso dizer-vos, IMHO, o que não significa. Não significa nem violinos, nem fogo de artifício, nem nenhuma outra analogia idiota criada por contos de fadas, venham eles de Hollywood ou de qualquer outro lugar.
Falando em Hollywood, vem-me à cabeça uma cena de um filme onde o conceito daquilo que entendo por amor estava espelhado de uma forma que compreendi perfeitamente.
Estou a assumir que já toda a gente viu o "Munique"; se assim não for, sorry, mas vou contar uma cena do filme.
Perto do final, há uma cena em que ele está a fazer sexo com a sua mulher. E apesar de o seu corpo estar lá, a sua mente está a milhas. A única coisa que vê à sua frente é o que aconteceu com os reféns, e a forma como morreram. E ela apercebe-se que ele está apenas "going through the motions", i.e., que a sua mente está noutro lugar.
E como é que ela reage? Diz simplesmente "Amo-te".
E é isto. Pura e simplesmente isto. Sim, ele não está lá, e ela compreende. E ela dá-lhe o desconto, e está - aparentemente - preparada para o ajudar a lidar com o problema. E ela não pensa que ele está distante por ter outra, ou porque ela não o satisfaz, ou por nenhum outro disparate qualquer que leu na Cosmopolitan, ou na Activa, ou na Moderna, ou em qualquer outra revista descerebrada.
Dirão vocês "Sim, mas este é um caso especial". Sim, é verdade. No entanto, este "caso especial" serve perfeitamente de contraponto em relação à "normalidade". Que é?
Que é estarmos, por omissão, constantemente prontos a julgar os outros da pior forma possível. À primeira vista, são maliciosos; se não são maliciosos, são incompetentes; se não são incompetentes,... bem, são simplesmente idiotas, e pronto, assunto resolvido. E isto não muda numa relação. Muitas vezes, a forma como julgamos a pessoa que está connosco é exactamente a mesma, só que com um grau de exigência ainda maior.
Então, o que é o amor?
Ocorrem-me imediatamente duas palavras - confiança e cedência.
Nota: O segundo item costumava ser "sacrifício", mas alguém me convenceu a alterá-lo. Bigado, HP :)
Confiança.
Sim, a primeira coisa que vem à ideia é a história da cara-metade que trabalha até tarde; "confiança" significa que não vamos pensar que ela anda a "dar umas voltas" com o chefe, ou com um colega de trabalho. Mas só isto não chega.
É também eu estar à espera dela há meia-hora e saber que existe um motivo perfeitamente válido para ela estar atrasada, em vez de pensar "é sempre a mesma trampa, ela nunca consegue chegar a horas"; é ela dar-me uma resposta torta, e eu conseguir perguntar "o que tens?" com um interesse genuíno em saber o que a está a afligir, e não como se fosse uma acusação, do tipo "se estás mal disposta, a culpa não é minha, ouviste?"; e se ela me der outra resposta torta, é eu conseguir manter a calma, e não desistir enquanto ela não se abrir comigo.
É eu confiar nela de tal forma que me permita abrir-me e contar-lhe tudo o que me vai na alma, e entregar-me sem reservas nem receios. Sabendo que, mesmo que no futuro acabemos com tudo e vá cada um para seu lado, o que lhe contei ficará para sempre entre nós (sim, este passo é difícil de dar, eu sei; e sinto-me imensamente feliz por poder dizer "eu sei").
E a cedência?
A face mais visível deste aspecto é o habitual equilíbrio de parte a parte - "hoje fazemos como tu queres, amanhã fazemos como eu quero". Mas não é assim tão simples.
A cedência só representa o nosso amor pela outra pessoa se for desinteressada. Ou seja, se for um "hoje fazemos como tu queres, mesmo que amanhã não façamos como eu quero"; "hoje fazemos como tu queres porque isso te faz feliz, e não há nada que me faça mais feliz que ver-te feliz".
Mas, dizem vocês, se for sempre o mesmo a ceder, mais cedo ou mais tarde a coisa irá rebentar. É verdade. Mas, se é sempre o mesmo a ceder, então é porque, se calhar, algo tem que ser repensado. Afinal, ambos deveriam ter um objectivo em comum - fazer o outro feliz.
Então, e o romantismo? E os jantares com dezenas de velinhas? E a telepatia? E o "saber, só com um olhar, que estamos perante a pessoa certa"? O "quando olhei para ele, senti não sei muito bem o quê, e sabia que tinha encontrado o homem da minha vida"?
Permitam-me um pequeno desvio, para poder chegar à conclusão...
O que é um filme? Ou um livro? São histórias. Histórias que têm como objectivo principal proporcionar uma experiência de escape. Para escapar a quê? À realidade, claro. E como é que conseguem atrair as pessoas? Simples, prometendo algo diferente da realidade, algo melhor.
Concentremo-nos nos romances (onde irei incluir as comédias românticas). Um dos ingredientes que vão encontrar em quase todos (sim, o "quase" é porque há excepções) é justamente essa coisa dos "fireworks at first sight", do "I was sure you were the one, the moment I saw you", e um conjunto de conceitos idênticos.
Agora, pergunto - porquê? Bem, uma conclusão possível é esta - é a forma de atrair o pessoal, dar-lhes algo melhor que a realidade. Dar-lhes algo que só muito raramente acontece na realidade. Para quem utilizar os romances como ponto de referência, dir-se-ia que a esmagadora maioria das relações começam com um momento "fireworks". Na realidade, tenho sérias dúvidas que assim seja, mas também tenho sérias dúvidas que o objectivo de quem produz um romance seja ter algo a ver com a realidade.
Aliás, por algum motivo se chama a "Holllywood" a "Fábrica de Sonhos". E é isso que são todas essas coisas que os romances nos vendem - no caso dos filmes, acompanhadas por uma banda sonora a condizer. Sonhos. É bom termos sonhos. Mas não é lá grande coisa deixarmos que o seu brilho nos ofusque, a ponto de perdermos de vista a realidade.
But that's just me. YMMV.
PS: Não, amiga. A nossa conversa hoje não motivou este texto, mas ajudou-me a perceber que estava na altura de o publicar, em vez de o continuar a tentar melhorar. Acho que tu és assim porque te concentras demasiado no teu sonho, mas tudo bem. Tens é que fazer um esforço por te aceitares como és. Um :*
"Amo-te".
O que significa isto, ao certo?
Bem, para começar, posso dizer-vos, IMHO, o que não significa. Não significa nem violinos, nem fogo de artifício, nem nenhuma outra analogia idiota criada por contos de fadas, venham eles de Hollywood ou de qualquer outro lugar.
Falando em Hollywood, vem-me à cabeça uma cena de um filme onde o conceito daquilo que entendo por amor estava espelhado de uma forma que compreendi perfeitamente.
Estou a assumir que já toda a gente viu o "Munique"; se assim não for, sorry, mas vou contar uma cena do filme.
Perto do final, há uma cena em que ele está a fazer sexo com a sua mulher. E apesar de o seu corpo estar lá, a sua mente está a milhas. A única coisa que vê à sua frente é o que aconteceu com os reféns, e a forma como morreram. E ela apercebe-se que ele está apenas "going through the motions", i.e., que a sua mente está noutro lugar.
E como é que ela reage? Diz simplesmente "Amo-te".
E é isto. Pura e simplesmente isto. Sim, ele não está lá, e ela compreende. E ela dá-lhe o desconto, e está - aparentemente - preparada para o ajudar a lidar com o problema. E ela não pensa que ele está distante por ter outra, ou porque ela não o satisfaz, ou por nenhum outro disparate qualquer que leu na Cosmopolitan, ou na Activa, ou na Moderna, ou em qualquer outra revista descerebrada.
Dirão vocês "Sim, mas este é um caso especial". Sim, é verdade. No entanto, este "caso especial" serve perfeitamente de contraponto em relação à "normalidade". Que é?
Que é estarmos, por omissão, constantemente prontos a julgar os outros da pior forma possível. À primeira vista, são maliciosos; se não são maliciosos, são incompetentes; se não são incompetentes,... bem, são simplesmente idiotas, e pronto, assunto resolvido. E isto não muda numa relação. Muitas vezes, a forma como julgamos a pessoa que está connosco é exactamente a mesma, só que com um grau de exigência ainda maior.
Então, o que é o amor?
Ocorrem-me imediatamente duas palavras - confiança e cedência.
Nota: O segundo item costumava ser "sacrifício", mas alguém me convenceu a alterá-lo. Bigado, HP :)
Confiança.
Sim, a primeira coisa que vem à ideia é a história da cara-metade que trabalha até tarde; "confiança" significa que não vamos pensar que ela anda a "dar umas voltas" com o chefe, ou com um colega de trabalho. Mas só isto não chega.
É também eu estar à espera dela há meia-hora e saber que existe um motivo perfeitamente válido para ela estar atrasada, em vez de pensar "é sempre a mesma trampa, ela nunca consegue chegar a horas"; é ela dar-me uma resposta torta, e eu conseguir perguntar "o que tens?" com um interesse genuíno em saber o que a está a afligir, e não como se fosse uma acusação, do tipo "se estás mal disposta, a culpa não é minha, ouviste?"; e se ela me der outra resposta torta, é eu conseguir manter a calma, e não desistir enquanto ela não se abrir comigo.
É eu confiar nela de tal forma que me permita abrir-me e contar-lhe tudo o que me vai na alma, e entregar-me sem reservas nem receios. Sabendo que, mesmo que no futuro acabemos com tudo e vá cada um para seu lado, o que lhe contei ficará para sempre entre nós (sim, este passo é difícil de dar, eu sei; e sinto-me imensamente feliz por poder dizer "eu sei").
E a cedência?
A face mais visível deste aspecto é o habitual equilíbrio de parte a parte - "hoje fazemos como tu queres, amanhã fazemos como eu quero". Mas não é assim tão simples.
A cedência só representa o nosso amor pela outra pessoa se for desinteressada. Ou seja, se for um "hoje fazemos como tu queres, mesmo que amanhã não façamos como eu quero"; "hoje fazemos como tu queres porque isso te faz feliz, e não há nada que me faça mais feliz que ver-te feliz".
Mas, dizem vocês, se for sempre o mesmo a ceder, mais cedo ou mais tarde a coisa irá rebentar. É verdade. Mas, se é sempre o mesmo a ceder, então é porque, se calhar, algo tem que ser repensado. Afinal, ambos deveriam ter um objectivo em comum - fazer o outro feliz.
Então, e o romantismo? E os jantares com dezenas de velinhas? E a telepatia? E o "saber, só com um olhar, que estamos perante a pessoa certa"? O "quando olhei para ele, senti não sei muito bem o quê, e sabia que tinha encontrado o homem da minha vida"?
Permitam-me um pequeno desvio, para poder chegar à conclusão...
O que é um filme? Ou um livro? São histórias. Histórias que têm como objectivo principal proporcionar uma experiência de escape. Para escapar a quê? À realidade, claro. E como é que conseguem atrair as pessoas? Simples, prometendo algo diferente da realidade, algo melhor.
Concentremo-nos nos romances (onde irei incluir as comédias românticas). Um dos ingredientes que vão encontrar em quase todos (sim, o "quase" é porque há excepções) é justamente essa coisa dos "fireworks at first sight", do "I was sure you were the one, the moment I saw you", e um conjunto de conceitos idênticos.
Agora, pergunto - porquê? Bem, uma conclusão possível é esta - é a forma de atrair o pessoal, dar-lhes algo melhor que a realidade. Dar-lhes algo que só muito raramente acontece na realidade. Para quem utilizar os romances como ponto de referência, dir-se-ia que a esmagadora maioria das relações começam com um momento "fireworks". Na realidade, tenho sérias dúvidas que assim seja, mas também tenho sérias dúvidas que o objectivo de quem produz um romance seja ter algo a ver com a realidade.
Aliás, por algum motivo se chama a "Holllywood" a "Fábrica de Sonhos". E é isso que são todas essas coisas que os romances nos vendem - no caso dos filmes, acompanhadas por uma banda sonora a condizer. Sonhos. É bom termos sonhos. Mas não é lá grande coisa deixarmos que o seu brilho nos ofusque, a ponto de perdermos de vista a realidade.
But that's just me. YMMV.
PS: Não, amiga. A nossa conversa hoje não motivou este texto, mas ajudou-me a perceber que estava na altura de o publicar, em vez de o continuar a tentar melhorar. Acho que tu és assim porque te concentras demasiado no teu sonho, mas tudo bem. Tens é que fazer um esforço por te aceitares como és. Um :*
25 Comments:
li algures "amor é ir embora e não saber para onde ir", porque o outro é a tua metade, te faz falta e faz parte de ti. Sim, com todas as tuas imperfeições e as dele (ou dela)
Queres uma definição inventada mesmo agora? Amor é aquilo que tu sentires que o é.
Estou sempre a dizer, amar não se explica, sente-se.
A história da metade da laranja não me convence. Cada vez mais acho que são os opostos que se complementam, e de que não há almas gémeas. E se tudo for um mar de rosas é tão boring...
Meus amigos, por muito que se tente procurar uma definição de amor, no meu ponto de vista é uma missão quase impossível...
o amor só serve para nos baralhar...
e eu adoro andar baralhado.
... pois a mim parece-me que te saiste muito bem
;)
Hallo, ppl.
Qd comecei a escrever isto, sabia q estava perante uma missão impossível (até ouvi a OST e td), mas n é isso q me impede de tentar. Qt + n seja pq a viagem é mt + importante q o destino.
Geno,
tem cuidado. Olha q a seguir a baralhar, parte-se :)
Bigado, Segura :)
:* & []
Eu já não sei o que é o Amor, recuso-me a pronunciar-me sobre esse sentimento nefasto.
:D
O Amor é tanta coisa ao mesmo tempo... é contradição, chega a ser negação, é euforia, exaltação, a dúvida da certeza, é acima de tudo, muito querer querer querer, muita entrega, a dádiva, a incondicionalidade... e algo em desuso nos dias de hoje: a comunicação. o respeito. a confiança.
Beijos Llyrnion. Continua nos textos GRANDES. Eu gosto.
As perguntas que tu fazes.
Amor é tentáculo que nos agarra por dentro, que se cola ao esófago e não quer descer. Ou antes pelo contrário, claro.
Tenho um amigo que diz que o amor não existe é um estado de embriaguez entre uma ansiedade e uma desilusão. Eu digo-lhe que ele não definiu nada, apenas o antes e o depois. Ele troca-me as voltas e diz que o durante (entenda-se amor) é o que nos faz esquecer a ansiedade e provoca desilusão. Eu calo-me.
Abraço
Hallo, A.
Bigado :)
Esta semana vai ser para recuperar, no pouco tempo q tenho livre. Só para a semana é q devo regressar "completamente".
Qt ao sentimento... "nefasto" é capaz de ser um exagero... mas q dá cabo da cabeça, lá isso dá...
:*
Hallo, Rui, Nuno.
Sim, a gd (des)vantagem do Amor é q todos sabemos o que ele é, não é? :)
Enfim, cm disse o filósofo, o facto de estar errado nunca me impediu de abrir a boca.
Um abraço.
P.S.: Rui, já tens boas notícias?
Olá L,
Gostei do que escreveste.
:-)
Embora eu pense que a confiança e a cedência são ingredientes do amor, mas não o amor!
Dizer que amo alguém significa ceder para a fazer feliz e ter confiança para me partilhar, sabe-me a pouco!
--
No meu caso, foi preciso perder o amor para me aperceber, realmente, o que era o amor para mim!
Coisa lixada, esta de ter de sofrer para aprender e assimilar!
:-(
:-)
--
Nuno:
Podes calar-te, mas o teu amigo continua a não definir nada!
Hallo, HP. Welcome back :)
Cm com tantas outras coisas, é a experiência de cd um q define aquilo a q damos importância.
Pa mim, neste momento, é isto. São estas as características q considero fundamentais cm base pa uma relação. Haverá outras, não duvido, mas sou da opinião q são todas construídas à custa destes dois alicerces.
YMMV, obviously :)
Ok, mas pensei que estavas a avançar com uma definição para a palavra amor, e não para o que constitui o cerne de uma relação amorosa.
:-)
Epa, limitei-me a escrever, e a ver o q saía. E depois, parei para pensar, e comecei a reescrever. E a reescrever. E a reescrever. And so on.. and so forth... and so fifth :)
Nesse aspecto, isto é o imprescindível para poder chamar "Amor" a um sentimento. Se n tiver isto, chamo-lhe outra coisa.
Qt ao resto, n faço prognósticos, nem sequer depois do jogo. Cd um saberá o que quer construir por cima disto.
o amor é toda uma vida, provavelmente deveriamos amar primeiro os defeitos e depois supreendermos ou deliciarmos com o agradável, o fácil á vista! esta é a maior das utopias!
e os tempos são estranhos, todos queremos, ou muitos, desejam ter tudo a que tem direito de preferência rápido, esquecem contudo que é nas dificuldades que encontramos quem de nós gosta, e que só o tempo com calma ama e acarinha.
perdemos o obvio nos tempos que correm, e por instantes tudo é fácil, demasiado fácil, e no fim andamos cada vez mais sós, poucos ousam assumir essa solidão!
o exemplo que dás encaixa no que escrevi, chama-se confiança, respeito, amor, ter crescido e amadurecido e de forma capaz saber destinguir o trigo do joio.
1 BJ*
Hallo, Blue.
"o amor é toda uma vida, provavelmente deveriamos amar primeiro os defeitos e depois supreendermos ou deliciarmos com o agradável, o fácil á vista! esta é a maior das utopias!"
Maior das utopias, sem dúvida. Quem tem força de vontade para manter uma relação na face da adversidade? Aliás, muitas vezes nem é necessário que surja a adversidade. Basta que se instale o pensamento de "I can get better than this". É por isso q às vezes, fico de pé atrás qd ouço a tal história da constante insatisfação.
Olha, por mim, digo o seguinte - amar os defeitos n é assim tão difícil, excepto quando é algo q acontece num só sentido, à imagem das cendências. Mas amar primeiro os defeitos... tenho sérias dúvidas q isso seja possível.
"e os tempos são estranhos, todos queremos, ou muitos, desejam ter tudo a que tem direito de preferência rápido, esquecem contudo que é nas dificuldades que encontramos quem de nós gosta, e que só o tempo com calma ama e acarinha."
Por isso é q depois, qd chegam as dificuldades, cai td por terra.
E acho q é mm "todos queremos". "I want it all and I want it now", cantaram os Queen. Há quem diga q esta música era uma reflexão sobre o estado de espírito no final dos 80s. Se assim for, posso dizer q o espírito dos 80s está "Alive and Kicking".
"perdemos o obvio nos tempos que correm, e por instantes tudo é fácil, demasiado fácil, e no fim andamos cada vez mais sós, poucos ousam assumir essa solidão!"
Sim, mas isso é óbvio - td a gente quer ser feliz, e pa isso procura alguém q já esteja feliz. Assim, convém transmitirmos a imagem de q estamos na maior, mm q nos sintamos de rastos. É uma questão de "marketing", so to speak.
Em vez de "Generation X", dever-lhe-iam ter chamado "Generation Ex".
Acho q um dia destes ainda sai um post sobre isto.
:*
"... E aprendes que amar não significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança.
E começas aprender que beijos não são contratos, e presentes não são promessas..." - Shakespeare
Aprendi que amor muitas vezes é sinónimo de dor, mágoa e muitas lágrimas.
Aprendi que amar é saber deixar partir.
Aprendi que quem tem o poder de nos fazer sorrir é sem duvida quem nos pode fazer chorar mais.
Aprendi que amar é abrir o coração e não ter medo de o ferir, porque só assim se pode encontrar a plenitude...
Hallo, Raquel.
Welcome.
E obrigado por partilhares o q aprendeste.
Llyrnion:
confiança e cedência
“…Nesse aspecto, isto é o imprescindível para poder chamar "Amor" a um sentimento. Se n tiver isto, chamo-lhe outra coisa. …”
- Ok. E o que consideras imprescindível para chamar amizade a um sentimento?
--
No teu caso, confiança e cedência e mais qualquer coisa, fazem parte desse sentimento a que chamas amor! Mas os componentes não são o todo! A canção não é apenas notas numa partitura!
O amor é algo que transcende esses componentes.
Desculpa se estou a ser melga, mas tu começaste com:
"Amo-te".
O que significa isto, ao certo?
Ou seja, o que significa, o que é o amor?
Certo?
Ou interpretei mal?
Voltando ao meu post sobre o amor e a sopa, cada pessoa juntará os seus ingredientes ao “seu” amor, como tu bem disseste: “…Cd um saberá o que quer construir por cima disto. …”
Mas depois, o sabor não será o mesmo para todos?
Ou seja, será possível ter uma definição de Amor na qual a maioria das pessoas se revejam?
Ou será mesmo impossível alcançar esse consenso?
Mas para chegarmos a alguma conclusão (se é que é possível), é necessário que as pessoas saibam definir o que é para elas, o amor!
Caso contrário, nem chegamos a ligar o motor…
amigo lindo...como sempre é mto bom ler-te...;)...sim, sim...e desta vez no blog...yupppiiiii!!
Estou com alguém que diz que o amor não se explica, não se define, não se escreve, não se diz...sente-se e acima de tudo mostra-se, recebe-se, partilha-se...de um homem, de uma mulher, de uma criança, de um animal, de um livro, de uma musica, de um filme, de um abraço, de um instante...o amor é o guia...
E sim...tens razão...vivo o meu sonho...mas sei que vale a pena...eu sei...:))
Beijo mto gde pakotinho :P
"Ok. E o que consideras imprescindível para chamar amizade a um sentimento?"
A amizade tem duas características q a tornam mt mais simples de gerir: Um menor grau de exigência de parte a parte (ou talvez seja mais correcto dizer um maior grau de tolerância); e um maior distanciamento.
O primeiro factor é, de longe, o mais importante. O segundo, apesar de circunstancial, acaba por adquirir importância ao influenciar o primeiro - se tens uma discussão mais séria com uma amiga, ambos terão direito a um período de descompressão, longe um do outro (a não ser q vivam juntos, claro). Aliás, um dos sinais de q algo vai realmente mal com uma amizade é qd esse período de descompressão, por si só, n faz com q ambos coloquem a cabeça no devido lugar.
Ou seja, as fundações são as mesmas, mas o grau de exigência é menor.
«Desculpa se estou a ser melga, mas tu começaste com:
"Amo-te".
O que significa isto, ao certo?»
Basicamente, diria q significa "sinto por ti algo q faz com q deposite em ti um grau de confiança claramente superior ao q deposito na esmagadora maioria das pessoas, e q faz com q eu, mts vezes, pense em ti antes de pensar em mim".
"Ou seja, o que significa, o que é o amor?"
Mais uma vez, td o conjunto de pormenores q podemos colocar por cima destes pilares é coisa com q n me preocupei, pq são milhentos. Daí ter dito q, pa mim, estes dois são suficientes pa eu dizer "Isto é amor".
"Ou seja, será possível ter uma definição de Amor na qual a maioria das pessoas se revejam? Ou será mesmo impossível alcançar esse consenso?"
N sei. A ideia q tenho é q o pessoal acaba por intepretar isto de formas tão diversas, q n sei se valerá a pena um esforço assim tão "global".
"Mas para chegarmos a alguma conclusão (se é que é possível), é necessário que as pessoas saibam definir o que é para elas, o amor!"
Mais importante q isso, seria necessário q n houvesse interpretaçõs diferentes pa conceitos idênticos. Mas, tendo em conta q somos tds diferentes, n sei se isso alguma vez será possível.
Hallo, Inha, welcome.
N discordo do q dizes, mas mm assim continuo a ter vontade de pensar sobre o assunto, qt mais n seja pa conseguir identificar, de cabeça fria, aquilo a q realmente dou importância.
Depois, qd chegam os momentos em q já n estou com gd capacidade de raciocinar, tenho esperança de me conseguir lembrar das conclusões a q cheguei.
:* pa ti tb, amiga :)
L:
”…A amizade tem duas características q a tornam mt mais simples de gerir: Um menor grau de exigência de parte a parte (ou talvez seja mais correcto dizer um maior grau de tolerância); e um maior distanciamento.
(…)
Ou seja, as fundações são as mesmas, mas o grau de exigência é menor. …”
- Compreendi! :-)
--
L:
“… Aliás, um dos sinais de q algo vai realmente mal com uma amizade é qd esse período de descompressão, por si só, n faz com q ambos coloquem a cabeça no devido lugar. …”
- Concordo.
--
hp:
"Amo-te". O que significa isto, ao certo?»
L:
Basicamente, diria q significa "sinto por ti algo q faz com q deposite em ti um grau de confiança claramente superior ao q deposito na esmagadora maioria das pessoas, e q faz com q eu, mts vezes, pense em ti antes de pensar em mim".
- Ok, também compreendi. :-)
--
hp:
"Ou seja, o que significa, o que é o amor?"
L:
Mais uma vez, td o conjunto de pormenores q podemos colocar por cima destes pilares é coisa com q n me preocupei, pq são milhentos. Daí ter dito q, pa mim, estes dois são suficientes pa eu dizer "Isto é amor".
hp:
Citando: “Não importa como se chega ao topo da montanha, uma vez lá em cima, a vista é igual para todos!”
;-)
Provérbio alemão: “O diabo mora nos detalhes”
:-)
Tb não acho que, como dizes, os pormenores nos devam preocupar demasiado, até porque o que nos faz amar uma pessoa não tem de ser necessariamente o mesmo em todas…
L:
“…sinto por ti algo…”
- Dizes bem, todos esses pormenores de que falas, que podem ser vários, (que podem variar de pessoa para pessoa) levam-te a sentir algo.
Mas o que é esse algo? Como o descreves?
Na minha opinião, enquanto uma pessoa não souber descrever esse algo, não compreende o que sente. Não se compreendendo, faltar-lhe-ão sempre as palavras!
A maior parte das pessoas que conheço, mascaram a ignorância sobre este assunto, com os clichés em voga. A sua ignorância incomoda-as, preferem não pensar sobre isso…
Acho que foi Einstein que disse algo como: “…Só compreendemos realmente uma coisa se formos capazes de a explicar à nossa avó…”
--
hp:
"Ou seja, será possível ter uma definição de Amor na qual a maioria das pessoas se revejam? Ou será mesmo impossível alcançar esse consenso?"
L:
N sei. A ideia q tenho é q o pessoal acaba por interpretar isto de formas tão diversas, q n sei se valerá a pena um esforço assim tão "global".
hp:
Também não sei… mas como disseste noutro post, não se desiste e continua-se a procurar…
--
hp:
"Mas para chegarmos a alguma conclusão (se é que é possível), é necessário que as pessoas saibam definir o que é para elas, o amor!"
L:
Mais importante q isso, seria necessário q n houvesse interpretações diferentes pa conceitos idênticos. Mas, tendo em conta q somos tds diferentes, n sei se isso alguma vez será possível.
hp:
Mas será que a interpretação não é (tão) diferente, porque as pessoas não se compreendem, não compreendem o que sentem?
Somos diferentes, mas tb somos iguais em muita coisa! Não espero que toda a gente sinta o mesmo, como carneiros, mas tanta divergência é suspeita!
Se pedires para definir o ódio, se calhar, será mais fácil…
Enviar um comentário
<< Home