Gajas Boas
Em tempos (há pouco mais de um ano) houve dois temas seguidos no Mail Melga - um dedicado ao que as mulheres procuram num homem, outro dedicado aos que os homens procuram numa mulher (não, nenhum deles está online, ainda). Obtive resultados positivos no primeiro; falhei miseravelmente no segundo. Como me disse recentemente uma pessoa sábia "É natural. És homem". Sim, e não soube distanciar-me desse facto, não soube separar o que eu gosto do que a maioria dos homens gosta.
Hoje, se não se importarem, não cometerei o mesmo erro. Vou concentrar-me apenas no que eu gosto.
Gajas boas...
Bem, durante este post, convém mantermos uma coisa em mente... o assunto é, antes de mais, físico, sensual, sexual. Se estamos a falar de gajas boas, vou limitar a minha análise a este prisma, e mesmo quando traçar tangentes para outros aspectos da mulher, para mim será sempre nesta óptica, OK? Mesmo que vocês achem que não tem nada a ver.
Avancemos, então...
Temos as gajas universalmente boas. Aquelas que toda a gente considera umas deusas. Este "toda a gente" é proporcional ao grau de exposição da gaja em questão. Pode ser a gaja do Coro da Igreja, que distrai até o crucifixo; pode ser a gaja que trabalha no café, que leva sempre as maiores gorjas (talvez para condizer com o tamanho das mamas); pode ser a gaja da direcção comercial, que todos na empresa gostavam de levar para dar umas voltas; pode ser a estrela de cinema, que está constantemente nas capas das revistas.
E o que torna estas gajas boas? Invariavelmente, o corpo. São gajas boas porque têm um corpo bem-feito; o rosto é, geralmente, secundário na avaliação da gaja boa. É a tal história da diferença entre um avião (boa, com sotaque do norte) e um helicóptero (gira e boa).
Ou seja, a gaja boa tem um corpo belo... e cá voltamos nós à beleza... que, da última vez que vi, estava nos olhos de quem via. Não me consta que esta lei tenha sido revogada.
Portanto, o je e as gajas boas...
Não tenho uma experiência hands-on por aí além com gajas que me permita realizar um estudo com uma vasta amostragem estatística. Mas posso fazê-lo em segundo grau, uma vez que nunca me inibi de frequentar o Bairro da Luz Vermelha na net. Aliás, não sei se já vi de tudo, mas sei que já vi mais que o que gostaria de ter visto.
Anyway...
In the Beginning, era a Gaja Boa. E nasceu uma opinião, que mantenho até hoje - há muitas mulheres na pornografia que têm corpos que considero mil vezes mais belos que os de todas as top-models que me possam apresentar.
Olha, uma das primeiras que me hipnotizou está aqui; a secção "Gallery", logo a seguir à mini-bio, tem três fotos dela, com progressivos níveis de nudez (se fizerem scroll para baixo, têm as capas dos DVDs, algumas das quais são um pouco mais explícitas - fica o aviso). É uma mulher bonita, sem dúvida, mas tem um corpo cheio, que está longe do exagero a que me habituaram as passerelles; é um corpo cuidado, mas normal. Não sou um perito em top-models, mas, de todas as que conheço, não há nenhuma que considere tão bela como esta mulher.
Portanto, para que conste, também curto a Gaja Boa.
Depois, com o passar do tempo, comecei a reparar numa coisa curiosa - gajas boas, há muitas. Mas depois, há um conjunto - bem menor - de gajas que são realmente excitantes, e algumas - tendo a sua beleza, sem dúvida - até nem têm nada que as distinga enquanto belezas estonteantes. São mulheres atraentes, mas perfeitamente normais, talvez até com uns quilitos a mais (que se notam, por vezes, na barriguita), ou talvez não. Mas todas têm uma coisa me comum - uma desinibição e entrega quase totais ao que fazem.
E a partir daí, pelo menos para mim, o mito da Gaja Boa perdeu o interesse. Não quer dizer que não goste, simplesmente não chega. Tal como já disse anteriormente, uma gaja boa atrai-me o olhar... nada mais.
Mais tarde, vi alguns videos com entrevistas a mulheres que pousavam nuas (num site com nús, mas sem cenas de sexo), e só a forma como algumas delas falavam sobre os mais variados assuntos (de índole sexual, claro) era espectacular, era algo que trascendia a beleza, enfim, foi algo que me fascinou. E, hoje em dia, é aquilo a que dou mais importância.
Não tenho, obviamente, uma check-list de truques que uma mulher precisa de fazer para me satisfazer. Tenhos as minhas preferências, e ela terá as suas. O que me dá gozo é justamente a revelação de parte a parte, a vontade de experimentar (ou não, porque muitas vezes é preciso compreender que há gostos que não são partilhados), a entrega progressiva a cada novo passo que se dá. O facto de uma gaja ser boa não é garante que tenha desinibição para este tipo de entrega. Logo, o facto de uma gaja ser boa não me diz muito.
Entretanto, lembrei-me recentemente de uma situação, passada há uns 10-13 anos com o tipo que me ensinou a tocar guitarra. Estávamos a falar com uma amiga dele, que eu vi pela primeira vez na altura, e quando nos viémos embora, eu disse "Epa, a tipa era boa"; e ele respondeu "Não. É muito simpática, e cativa por isso, mas não é o que chamaria uma gaja boa. Não tem um corpo muito bem feito".
Levei um certo tempo a pensar nisso, na altura. Não cheguei a grande conclusão, mas arquivei. Anos mais tarde, estava finalmente em condições de dar uso a esta pepita de informação. Percebi, finalmente, um dos motivos pelos quais muitas das gajas universalmente boas não me dizem muito. É que a simpatia é um critério importante para mim; e muitas das gajas boas parecem criar a ideia que uma carinha de enjoada é um must. Bem, serve realmente para muita gente. A mim, tem o condão de me afastar.
Não quer isto dizer que a beleza não conta para nada. Estaria a ser hipócrita se o dissesse. Obviamente, o físico da mulher tem que me atrair; neste aspecto, não sou diferente de qualquer outro homem. No entanto, tal como eu disse num comentário, sou eu que decido se a mulher que estou a ver é boa ou não. Não são os leitores do "Fashion Today" nem os votadores da "Lista das 10 Mais Sexy do Mundo". E os meus critérios podem ser diferentes dos deles. Não são necessariamente as escolhas deles que me inspiram, que me levam a fantasiar.
Enfim, para terminar... por agora, claro :)
Cada um é livre de viver a sua vida como quiser, de ceder às pressões que quiser, de o fazer como quiser, de escolher os seus parceiros/parceiras da forma que quiser, e com as formas que quiser... desde que se sinta bem consigo próprio. Eu esforcei-me por apresentar a visão que utilizo neste assunto, da melhor forma que consigo, neste ponto da minha vida.
Podem dizer-me "O mundo não é assim". Lá fora, a corrida é às gajas boas, e é por isso que uma mulher anda numa roda-viva eterna para não perder a figura, para não ser trocada por outra. Que seja - os gajos perseguem as gajas universalmente boas, e estas perseguem a manutenção da sua "bondade universal" :) Mas lá porque anda toda a gente a fazer isso, eu não sou obrigado a fazer o mesmo, pois não?
Hoje, se não se importarem, não cometerei o mesmo erro. Vou concentrar-me apenas no que eu gosto.
Gajas boas...
Bem, durante este post, convém mantermos uma coisa em mente... o assunto é, antes de mais, físico, sensual, sexual. Se estamos a falar de gajas boas, vou limitar a minha análise a este prisma, e mesmo quando traçar tangentes para outros aspectos da mulher, para mim será sempre nesta óptica, OK? Mesmo que vocês achem que não tem nada a ver.
Avancemos, então...
Temos as gajas universalmente boas. Aquelas que toda a gente considera umas deusas. Este "toda a gente" é proporcional ao grau de exposição da gaja em questão. Pode ser a gaja do Coro da Igreja, que distrai até o crucifixo; pode ser a gaja que trabalha no café, que leva sempre as maiores gorjas (talvez para condizer com o tamanho das mamas); pode ser a gaja da direcção comercial, que todos na empresa gostavam de levar para dar umas voltas; pode ser a estrela de cinema, que está constantemente nas capas das revistas.
E o que torna estas gajas boas? Invariavelmente, o corpo. São gajas boas porque têm um corpo bem-feito; o rosto é, geralmente, secundário na avaliação da gaja boa. É a tal história da diferença entre um avião (boa, com sotaque do norte) e um helicóptero (gira e boa).
Ou seja, a gaja boa tem um corpo belo... e cá voltamos nós à beleza... que, da última vez que vi, estava nos olhos de quem via. Não me consta que esta lei tenha sido revogada.
Portanto, o je e as gajas boas...
Não tenho uma experiência hands-on por aí além com gajas que me permita realizar um estudo com uma vasta amostragem estatística. Mas posso fazê-lo em segundo grau, uma vez que nunca me inibi de frequentar o Bairro da Luz Vermelha na net. Aliás, não sei se já vi de tudo, mas sei que já vi mais que o que gostaria de ter visto.
Anyway...
In the Beginning, era a Gaja Boa. E nasceu uma opinião, que mantenho até hoje - há muitas mulheres na pornografia que têm corpos que considero mil vezes mais belos que os de todas as top-models que me possam apresentar.
Olha, uma das primeiras que me hipnotizou está aqui; a secção "Gallery", logo a seguir à mini-bio, tem três fotos dela, com progressivos níveis de nudez (se fizerem scroll para baixo, têm as capas dos DVDs, algumas das quais são um pouco mais explícitas - fica o aviso). É uma mulher bonita, sem dúvida, mas tem um corpo cheio, que está longe do exagero a que me habituaram as passerelles; é um corpo cuidado, mas normal. Não sou um perito em top-models, mas, de todas as que conheço, não há nenhuma que considere tão bela como esta mulher.
Portanto, para que conste, também curto a Gaja Boa.
Depois, com o passar do tempo, comecei a reparar numa coisa curiosa - gajas boas, há muitas. Mas depois, há um conjunto - bem menor - de gajas que são realmente excitantes, e algumas - tendo a sua beleza, sem dúvida - até nem têm nada que as distinga enquanto belezas estonteantes. São mulheres atraentes, mas perfeitamente normais, talvez até com uns quilitos a mais (que se notam, por vezes, na barriguita), ou talvez não. Mas todas têm uma coisa me comum - uma desinibição e entrega quase totais ao que fazem.
E a partir daí, pelo menos para mim, o mito da Gaja Boa perdeu o interesse. Não quer dizer que não goste, simplesmente não chega. Tal como já disse anteriormente, uma gaja boa atrai-me o olhar... nada mais.
Mais tarde, vi alguns videos com entrevistas a mulheres que pousavam nuas (num site com nús, mas sem cenas de sexo), e só a forma como algumas delas falavam sobre os mais variados assuntos (de índole sexual, claro) era espectacular, era algo que trascendia a beleza, enfim, foi algo que me fascinou. E, hoje em dia, é aquilo a que dou mais importância.
Não tenho, obviamente, uma check-list de truques que uma mulher precisa de fazer para me satisfazer. Tenhos as minhas preferências, e ela terá as suas. O que me dá gozo é justamente a revelação de parte a parte, a vontade de experimentar (ou não, porque muitas vezes é preciso compreender que há gostos que não são partilhados), a entrega progressiva a cada novo passo que se dá. O facto de uma gaja ser boa não é garante que tenha desinibição para este tipo de entrega. Logo, o facto de uma gaja ser boa não me diz muito.
Entretanto, lembrei-me recentemente de uma situação, passada há uns 10-13 anos com o tipo que me ensinou a tocar guitarra. Estávamos a falar com uma amiga dele, que eu vi pela primeira vez na altura, e quando nos viémos embora, eu disse "Epa, a tipa era boa"; e ele respondeu "Não. É muito simpática, e cativa por isso, mas não é o que chamaria uma gaja boa. Não tem um corpo muito bem feito".
Levei um certo tempo a pensar nisso, na altura. Não cheguei a grande conclusão, mas arquivei. Anos mais tarde, estava finalmente em condições de dar uso a esta pepita de informação. Percebi, finalmente, um dos motivos pelos quais muitas das gajas universalmente boas não me dizem muito. É que a simpatia é um critério importante para mim; e muitas das gajas boas parecem criar a ideia que uma carinha de enjoada é um must. Bem, serve realmente para muita gente. A mim, tem o condão de me afastar.
Não quer isto dizer que a beleza não conta para nada. Estaria a ser hipócrita se o dissesse. Obviamente, o físico da mulher tem que me atrair; neste aspecto, não sou diferente de qualquer outro homem. No entanto, tal como eu disse num comentário, sou eu que decido se a mulher que estou a ver é boa ou não. Não são os leitores do "Fashion Today" nem os votadores da "Lista das 10 Mais Sexy do Mundo". E os meus critérios podem ser diferentes dos deles. Não são necessariamente as escolhas deles que me inspiram, que me levam a fantasiar.
Enfim, para terminar... por agora, claro :)
Cada um é livre de viver a sua vida como quiser, de ceder às pressões que quiser, de o fazer como quiser, de escolher os seus parceiros/parceiras da forma que quiser, e com as formas que quiser... desde que se sinta bem consigo próprio. Eu esforcei-me por apresentar a visão que utilizo neste assunto, da melhor forma que consigo, neste ponto da minha vida.
Podem dizer-me "O mundo não é assim". Lá fora, a corrida é às gajas boas, e é por isso que uma mulher anda numa roda-viva eterna para não perder a figura, para não ser trocada por outra. Que seja - os gajos perseguem as gajas universalmente boas, e estas perseguem a manutenção da sua "bondade universal" :) Mas lá porque anda toda a gente a fazer isso, eu não sou obrigado a fazer o mesmo, pois não?
5 Comments:
"No entanto, tal como eu disse num comentário, sou eu que decido se a mulher que estou a ver é boa ou não. Não são os leitores do "Fashion Today" nem os votadores da "Lista das 10 Mais Sexy do Mundo"."
Esta parece-me ser a frase chave. Aquela que realmente ilustra aquilo que é dominado pelos dois lados da discussão nestas matérias. O politicamente correcto e o superficial.
Concordo plenamente que deve ser a própria pessoa a eleger por si mesma aquilo que llhe agrada, aquilo que lhe provoca o interesse, a motivação e a ansiedade (sexuada). Os modelos exacerbados das gajas universalmente boas, ou a politiquice correcta de que o que conta "é o interior e só o interior", estão ambos, em meu ver, errados, porque defendem um extremar de posições.
Eu sou mais exigente fisicamente que tu, e confesso-o. Mas não são as revistas que mo ditam, como tão bem dizes, mas é o que a mim me parece bonito, atraente, e por aí fora. (I Am Mine, já lá dizia um grupo musical famoso.)
Existe, em meu ver, uma espécie dual de atitude incorrecta, (para o meu senso de estética física e mental, entenda-se) de parte a parte. As universalmente boas e só julgam que isso basta para disfarçar algumas das coisas inenarráveis que algumas deixam sair pela boca, as mentalmente interessantes mas fisicamente desinteressantes defendem que só a cabeça é que serve como mecanismo de atracção.
Ora, como a tendência política demonstra, talvez no bloco central é que esteja mesmo a virtude, e para mim, não generalizando, não achando que todos se devem reger pela mesma bitola, (não vá aparecer alguém com a mania da perseguição com as generalizações que afinal nao existem), julgo que os mecanismos eróticos precisam de um corpo que puxe, e obviamente, de uma mente que o saiba mexer, que lhe dê os recortes de personalidade e sensualidade que o tornam realmente irresistível.
Portanto reforço a tua frase, como a acho acertadíssima.
É o que a nós nos atrai, que deve constituir a bitola da nossa exigência, não um padrão politicamente correcto, ou uma ditadura da estética vazia.
Abraço
mas q coisa ....? agora não se fala/escreve de mais nada por aqui ...?!
(risos)
a brincar ok ...
"Mas lá porque anda toda a gente a fazer isso, eu não sou obrigado a fazer o mesmo, pois não?"
Pois não :)
Hallo, pessoal :)
Stepehen,
Sim, tds temos formas diferentes de olhar pa as coisas. O importante, cm dizes, é n nos deixarmos influenciar a ponto de essa forma n ser a nossa, mas sim algo q nós achamos q deve ser.
Um abraço.
Blue,
Epa, é um tema interessante, fazer o q? :)
:*
Selene,
Pronto, é bom saber q há alguém q concorda :)
:*
Tava eu aqui à volta do pc, depois de ler o teu texto, quando o nome de uma modelo me veio à cachola.
Tenho péssima memória para nomes mas este vem associado a uma bela mnemónica!
;-)
Ficou-me o nome de quando eu me dedicava à fotografia! E também por não ser uma top model típica e “escanzelada”! :-D
A Sports Illustrated e a Victoria’s Secret não costumam utilizar candidatas a anorécticas!
Cá vai um link:
http://www.terababes.com/stephanieseymour1.htm
--
Partilho das tuas ideias sobre as gajas boas. E se houve algo que aprendi foi que o desempenho nada tem a ver com o aspecto!
:-)
E a simpatia… venham de lá as mulheres a transbordar simpatia e inteligência!
Sabes de uma coisa que me tenho apercebido? As mulheres felizes têm um brilho especial! Eu costumo dizer que as mulheres felizes são bonitas!
Tchau
--
Mudei para o Blogger beta e já tou arrependido
:-(
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